Por Barbara Rodrigues Em Diga Sim Atualizada em 08 OUT 2020 - 16H07

Senhor, obrigada por mais um dia!

“Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo” João Guimarães Rosa



Acordei com frio. O tempo estava garoando e isso me fez querer ficar na cama só mais 5 minutos com meu esposo. Eu gosto do frio, ele do calor. Reclamo quando está muito quente, porque minha pressão cai, ele reclama do frio, porque fica doente. A questão aqui é que independente de como nos sentimos o sol estará lá para nós dois, seja encoberto por nuvens ou reinando no céu. Ele está lá.

Tudo se resume a como recebemos as situações do dia a dia. 

O trânsito estará lá para você e para mim, independentemente de como reagiremos. Eu posso ficar mal-humorada, xingar meio mundo, e ainda fechar algum apressadinho que tentou "imbicar" na minha frente, ou curtir minha melhor playlist, cantar até ficar sem voz e me lembrar que se eu estou no engarrafamento é porque eu tenho carro. A escolha é minha!

Não se iluda com o que escrevo, não sou a rainha da felicidade. Reconheço, sou reclamona! Contudo, ao me preparar para a campanha do Diga Sim à Evangelização, que acontece todo dia 14 de novembro aqui na MI e que tem por tema a Gratidão, percebi que sou muito feliz, mas que não fico consciente sobre isso.



Então fui ler. Li tanto que algo aconteceu:

Hoje eu acordei – acho que esse já é um bom motivo para agradecer – e também estava frio. Fiquei contente porque do meu lado estava a pessoa mais linda que conheço, o mesmo indivíduo que me tira do sério e parece ter doutorado em como me irritar, mas é quem chamo de amor e com quem decidi dividir minha vida.

Poucos minutos se passaram e já estava irritada com a bagunça dele, mas aí minha mãe bateu à minha porta e me trouxe bolo de iogurte que ela tinha feito para tomar café da manhã.

No almoço comi uma comida simples, e antes mesmo de pensar algo ruim sobre ela lembrei do Pedro Henrique que adoraria comer o que eu estava comendo. Em seguida, peguei um livro para ler e vualá: eu sei ler!

Na academia, fiquei olhando as beldades que me rodeavam e comecei a julgar meu corpo. Foi então que olhei para um senhor de aparentemente 70 anos e vi como ele colocava todas aquelas meninas no chinelo. Que vitalidade! Ele não se importou com todos aqueles jovens sarados - pelo menos não parecia - só vivia seu momento com o seu corpo. E eu sendo injusto com o meu que permite viver tudo que eu vivi até agora. 

No final do dia, mas uma lição. Fui recebida por uma enxurrada de informações, era tanta coisa que minha sobrinha de 7 anos falava que eu não conseguia acompanhar. Me irritei – percebam que tenho um humor bem volátil - mas ela só estava fazendo isso porque passei o dia fora e ela queria, em poucos minutos, me atualizar sobre tudo que ela viveu naquele dia. Ela queria que eu fizesse parte do seu mundo. 

Depois desse dia super comum, percebi que essas coisas acontecem sempre, mas o que seria de mim sem meu esposo, minha mãe, minha sobrinha, minha saúde, minha comida, meu corpo, sem minha vida! Deus é muito bondoso e eu tenho muitos presentes a agradecer. O que é a falta daquela bota nova perto da ausência de tudo isso? Pode parecer clichê, mas não é.

Você não consegue ver as coisas assim? Tudo bem, eu também às vezes não vejo, mas que tal começar agradecendo hoje pelo fato de você ter aberto os olhos? Esses mesmos olhos que te permitiram ler esse texto.

Escrito por:
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Barbara Rodrigues

Formada em Letras pela Faculdade São Bernardo (FASB), Barbara Rodrigues é apaixonada por livros e autoconhecimento. Atua no Departamento de Comunicação e Marketing da MI há 9 anos e há 1 ano é responsável pelo Setor de Marketing Digital que cuida do Portal e das redes sociais da MI.

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