Esperança é um presente raro. Ela muda uma pessoa porque ela lhe mostra suas novas possibilidades. A esperança que é nascida da lembrança do crucificado leva, por isso, a esperar onde nada pode ser esperado. Ela vê o futuro do ser humano não no progresso, mas em suas vítimas. A esperança cristã futura se fundamenta em uma lembrança histórica segura. Esta é a presencialização do Cristo de Deus, que veio ao nosso mundo. Ele fez da nossa vida a sua própria, transformando assim a terra num lugar de esperança. Tal fato diferencia a esperança cristã de todos os outros sonhos e temores futurísticos que ouvimos com frequência nos últimos dias.
Viver na esperança significa poder amar, e de fato poder amar aquele que não é amado e esquecido. Mas, o que significa amar senão contar com as possibilidades ainda não suscitadas no outro ser humano, inclusive com as possibilidades de Deus nele? Reconciliação e esperança são difundidas através do amor concreto, pessoal e social. Por isso, enfim, reside no amor criativo, reconciliador e esperante as mais profundas possibilidades do ser humano humanizado em um mundo desumanizado.
Por Jüngen Moltmann
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