Em uma delas, Ele ensinou que quando você coloca seu talento a serviço, ele se multiplica (Mt 25, 14-30). Noutra, falou sobre aqueles que têm e aqueles que não têm: a quem tem vai ser dado muito mais! Porém, aos que quase não têm até o pouco que possuem lhes será tirado (Mt 13, 11-13). São palavras duras, que fazem pensar e mexem com o que achamos que sabemos.
Antes de seguir uma linha de raciocínio mais conexa com você, também gostaria de lançar aqui em nossa reflexão uma frase interessante que ouvi nestes dias de um Frei muito querido: a inteligência se mede pela humildade, e a ignorância se mede pelo orgulho. Se a gente pensa que sabe ou pensa que tem muita coisa, é aí que a gente engana. Certo comediante chegou a escrever uma espécie de oração que dizia assim: “Deixe-me ser inteligente o suficiente para saber o quão ignorante eu sou e dê-me coragem para seguir em frente”. Leia MaisPanna Cotta com geleia de frutas vermelhasPapa pede orações pelos pequenos e médios empresáriosSeja feita a vontade de Deus na minha vidaConheça a Pastoral Vocacional
E porque trago estas pontas, aparentemente desconexas, neste mês para você, mílite?
Não posso responder com 100% de certeza. Seria muita pretensão minha medir a largura e o alcance da graça de Deus sobre nós. Ele usa de tantos elementos para se revelar, que jamais poderíamos ter uma noção exata do Seu alcance. No entanto, acredito que estas reflexões (parábolas, palavras, frases e acontecimentos da vida) nos permitem ter um bom retrato de que é preciso estar conectados com os dons que recebemos, colocando-os sempre mais a serviço numa grande espiral de bondade. Lembra daquele ditado: “ninguém é tão pobre que não possa dar, nem tão rico que não possa receber”? Então. Ele faz todo sentido! Ter consciência sobre nossa pequenez, e ainda assim saber que ela pode contribuir com algo verdadeiramente bom, é muito especial!
Vivemos em uma Obra de Deus, mantida por doações nos bons e nos maus momentos. A gente já passou por bonança e por tempestade; acolhemos doações quando a economia do país estava boa, e quando estava péssima. Já vimos nossa sede lotada de peregrinos, e também já rezamos aparentemente sozinhos na imensidão deste lugar sagrado. Em meio aos altos e baixos da existência humana, Deus nos permitiu chegar aqui. Ele nos mostrou a Sua força e tem realizado os Seus planos, abrindo espaço para que participemos deles, ainda que com nossas misérias e limitações.
A conexão com nossos dons (o dom de doar, de rezar, de falar, de divulgar o bem, de ser mílite) é vital para que os talentos se multipliquem. Este jeito de ser Milícia da Imaculada é um convite a fazer pequenas coisas com grande amor. É um lançar-se continuamente na imensidão do amor e da misericórdia de Deus e ser feliz por isso, percebendo que tudo (absolutamente tudo) só tem sentido se promover uma real conexão entre nós – membros uns dos outros. Quando você doa, você se conecta com seu dom e permite que ele se multiplique em você e nos outros.
Pense em seus dons (naqueles que todo mudo vê e também naqueles que só você sabe que possui) e perceber o quanto ainda há a se fazer.
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Estudos científicos mostram que ajudar os outros impulsiona a felicidade. Aumenta os níveis de satisfação, proporciona senso de sentido, aumenta nossa sensação de competência, melhora nosso humor e reduz o estresse. Pode ajudar a retirar nossas mentes da fixação em nossos problemas também.
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