Hoje nós vivemos em um mundo com muitas informações. Temos várias atividades, precisamos cumprir diversas tarefas e muitas vezes não conseguimos dar conta de todas as nossas responsabilidades. Isso tudo pode gerar no nosso psiquismo sentimentos de insatisfação, frustração, ausência de paz. Muitas vezes, nos frustramos por não conseguir nossos objetivos. Em outras, temos que abrir mão e renunciar aos nossos desejos infantis de querer ter tudo, de saber tudo, de poder fazer tudo.
O nosso “eu” não aceita a frustração porque dói reconhecer a realidade. Se não suportarmos a nossa impotência, nossos erros e nossas incapacidades, também não suportaremos os limites, erros e incapacidades dos outros. Sem maturidade e equilíbrio interior, não seremos portadores de paz. A paz se desenvolve com a nossa possibilidade de tolerar a realidade, os limites, os nossos e os das outras pessoas.
Ao exigir que o outro pense ou faça aquilo que nós consideramos que é o melhor, nós não estamos sendo instrumentos de paz. Nem por isso devemos aceitar as injustiças. A velocidade das coisas nos coloca numa condição de não conseguir esperar. Estamos ficando cada vez mais intolerantes ao ter que esperar, ao não poder realizar algo naquele momento, ao não saber algo agora.
O resultado já está diante dos nossos olhos: a intolerância não gera paz. Crescer não é apenas ser independente e ter autonomia. Crescer é simplesmente poder ser cada vez mais humano.
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