A um semestre de concluir a graduação em Farmácia, Larissa, de 26 anos, viu sua rotina mudar por causa da pandemia do novo coronavírus. Para Paloma e Isabela também foi assim. As três trabalham na área de saúde e, por isso, suas atividades não foram suspensas ou transferidas para home office.
Paloma, desde pequena, sempre sonhou em seguir uma profissão que ajudasse as pessoas. Foi assim que a jovem, de 26 anos, encontrou sua vocação na área da saúde e se formou em biomedicina. Há oito meses, foi chamada para atuar como analista de laboratório em um hospital.
Em março, devido aos casos de infecção e das internações por causa do vírus, o fluxo das atividades de Paloma foi alterado.
O mesmo aconteceu com Isabela que, com apenas 21 anos, é responsável pela triagem de pacientes e das amostras que vão para análise. Ela conta que de uma hora para outra algumas pessoas que trabalham no hospital foram afastadas e vários testes de Covid-19 foram solicitados.
Já para Larissa, que trabalha em uma farmácia há dois anos e quatro meses, a grande mudança aconteceu quando os pacientes, que antes sabiam o que pedir ou precisavam de ajuda para decifrar a letra do médico, começaram a buscar remédios milagrosos que “curassem o corona” ou comprá-los em grande quantidade para estocar. Essas mesmas pessoas também passaram a pedir mais a opinião dos farmacêuticos para se medicar.
Para as três, o pior da situação é a falta de comprometimento das pessoas. Muita gente continua sem seguir as medidas preventivas e vão aos hospitais e às farmácias sem necessidade.
Elas colocam em risco aquelas que querem ajudar, o que torna tudo mais difícil. “Ir trabalhar todos os dias sabendo do risco que corremos é um misto de sensações. Eu quero estar ali e ajudar as pessoas, mas preciso me prevenir, pois tenho parentes que são do grupo de risco e, se eu me descuidar, posso passar o vírus para eles sem saber”, explica Larissa.
Além do mais, Isabela pontua que por causa dessa situação atípica todos estão muito ansiosos e que isso acaba a afetando: “além da carga emocional que sinto, preciso lidar também com a dos pacientes e muitas vezes presenciar a tristeza daqueles que perderam seus entes queridos”. Sobre esse lado emocional, Paloma acrescenta: “vivo preocupada, pedindo a Deus para que essa pandemia passe logo. Muitas pessoas estão falecendo e eu me preocupo comigo, mas, principalmente, com a minha família e com pessoas que amo”.
Apesar de tudo, Larissa, Paloma e Isabela não perdem a esperança. Larissa acredita que Deus tem um propósito para todas as coisas e que nada é por acaso, e afirma que “nesse momento só peço sabedoria e o dom do entendimento a Ele para não me desesperar, porque sei que isso vai passar e que seremos mais fortes”.
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