“Escutem-me, filhos, porque eu sou o pai de vocês. Façam o que lhes digo, e serão salvos. O Senhor quer que o pai seja honrado pelos filhos, e confirma a autoridade da mãe sobre os filhos. Quem honra seu pai alcança o perdão dos pecados, e quem respeita sua mãe é como quem ajunta um tesouro” (Eclo 3,1-4).
Lorenzo, menino ativo, filho do casal Cris e Gil Brasil, com aproximadamente três aninhos, como a maioria das crianças, vivia tomando broncas por deixar seus brinquedos espalhados pela casa afora. Os sermões eram diários, até o dia em que o Gil quase levou um tombo ao tropeçar num dos brinquedos deixados no meio da sala.
Nesse dia, o sermão foi maior, porém, parecia que orientar por tantas e tantas vezes, não surtia nenhum efeito. As palavras entravam por um ouvido da criança e saíam por outro. Vendo que o menino não estava nem aí, e que não adiantava repetir a mesma ladainha todos os dias, o Gil, segurando o martelo na mão o ameaçou, dizendo: “Lorenzo! Vamos ver se agora você aprende a ser organizado. De hoje em diante, todo brinquedo que for encontrado fora de seu lugar, eu vou martelar e quebrar. Quando não estiver brincando, tem que guardá-los em seu devido lugar! Vamos ver se agora você aprende, ou quer que eu quebre estes agora?”.
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“Não, não, papai! Eu vou guardá-los direitinho!”, respondeu a criança chorando e, ainda com lágrimas nos olhos, guardou seus brinquedos. Parecia que a ideia tinha dado certo. O Lorenzo foi até parabenizado, pois, desse dia em diante, ele só os retirava da prateleira para brincar. Acabou a bagunça, nenhum brinquedo espalhado e, ao término da brincadeira, todos eram bem guardadinhos em seus lugares.
No entanto, ninguém poderia esperar que o tiro saísse pela culatra. Uma semana depois do dia dos pais, a Cris deparou-se com o pequeno entrando na cozinha, com seu semblante bem sério, trazendo em sua mãozinha os pedaços do relógio novinho que seu pai acabara de ganhar, e dizendo: “Mamãe, o pai não guardou o relógio no lugar certo! Sabe onde estava? Ele o largou em cima da mesinha da sala, eu então martelei o relógio dele! Vamos ver se agora ele aprende!”.
Desta vez, o Lorenzo não ouviu sermão algum. Silenciosamente, os pais se entreolharam e a Cris, sabiamente, chamou a atenção de seu marido por ter deixado seu relógio fora de seu devido lugar.
As crianças nos observam e prestam atenção em tudo o que dizemos e fazemos. Por isso, nossas palavras devem ser acompanhadas de atos e gestos concretos. Se orientamos nossos filhos sobre qualquer aspecto e fazemos o contrário, provavelmente nossa criança dará mais atenção ao que fizemos do que ao que dissemos.
O pai tem que testemunhar, tem que viver o que ensina. Ser pai é ser exemplo, até que seu filho possa ter consciência suficiente para moldar seu próprio modo de ser e agir.
Santa Madre Teresa de Calcutá, nos deixou esta mensagem: “A palavra convence, mas o exemplo arrasta, por isso pai, não te preocupes, teus filhos não te escutam, mas te observam todo o dia!”.
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