Juventude: um desafio

JMJ

O jovem de hoje ainda carrega as marcas da pandemia que dificultou muitos os projetos de vida. Vivemos as consequências econômicas, sociais e políticas da pandemia. A Jornada Mundial da Juventude está confirmada para agosto próximo. Os jovens estão vindo com a corda toda para os eventos que são convidados. A Comissão da Juventude compreende as dificuldades para conseguir os recursos para uma viagem transatlântica, por isso, está possibilitando que nas suas comunidades os jovens possam viver esse momento importante. Vamos animando os jovens para vivenciar a JMJ também na sua comunidade. Temos diversas propostas criativas para que os jovens possam se nutrir das propostas da JMJ. Temos tantas formas de comunicação e transmissão que possibilitam estar por dentro da JMJ. Uma boa ideia é colocar um telão no salão paroquial para acompanhar juntos os eventos centrais da JMJ.

Papa

A debilidade do Santo Padre nos interpela profundamente. Mesmo idoso, o Papa, quando fala, é um jovem. Tem juventude acumulada. Ele tem problemas nos quadris e joelhos, mas é um jovem quando fala e apresenta a sua jovialidade. Eu me espanto ao perceber que o Papa é antenado e à frente de muitos de nós. Ele sabe que é idoso, mas não se apresenta cansado e se coloca diante dos múltiplos desafios pelos quais passa a juventude. Com os jovens o Papa é papo reto, não dá volta, vai direto ao ponto. Ele fala com a propriedade de quem sabe e sente o que o jovem precisa. Na pessoa do Papa Francisco a JMJ de Lisboa tem muito a dizer para nós, bispos e agentes de pastoral, porque o Papa sente com a juventude, tem o coração no ritmo dos jovens. O Papa é um ícone, uma referência para a juventude.

Desafios

Há muitos jovens desingrejados. Essa terminologia nos aponta para uma realidade que precisa ser enfrentada com lucidez. Os jovens dizem que acreditam em Deus, tem religião, mas não frequentam a Igreja. Não é que os jovens não vivam os valores do Evangelho, mas, muitas vezes, não compreendem a burocracia eclesial. Os jovens também cobram exemplo e sentem a falta de testemunho dos fiéis, de quando o discurso, na prática, se enfraquece. Os jovens que estão fora da Igreja requerem como força de atração o testemunho. Precisamos, como Igreja, clérigos e leigos, pensar que que não basta um mestre, aquele que se sustenta pela teoria, é necessário o sábio, aquele capaz de orientar pelo exemplo de vida. Precisamos falar pelo testemunho que grita mais alto do que palestras e cursos.

Viva a Vida

Nesse tempo de obscuridade precisamos olhar para o Papa Francisco. Podemos baixar na internet a exortação Christus vivit. Nela o Papa explica que Cristo vive e quer a juventude viva. Com esse olhar devemos acompanhar a Jornada Mundial da Juventude, seguindo o exemplo de Maria que se colocou apressadamente a serviço. A JMJ vai redefinir nossos projetos e organizações para que não percamos tempo em debates estéreis e possamos servir, sobretudo, aos jovens feridos e machucados. Jovem, você tem um potencial grande, participando do grupo de jovens você vai perceber a força que tem. Não conduza seus passos pelos limites, mas guie seus passos e sonhos pela ressurreição de Jesus, pelo exemploda Virgem Maria e pelo Papa Francisco que nos convida para uma Igreja em saída.