Psicologia

Depressão não escolhe idade

Em um recente estudo realizado pela Faculdade de Medicina da USP 36% das crianças e adolescentes apresentaram sintomas de depressão e ansiedade no ano de 2020

Eduardo Galindo (Divulgação)

Escrito por Eduardo Galindo

11 SET 2022 - 00H00

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A depressão na infância e na adolescência ainda sofre um grande preconceito, muitos pais não entendem como uma etapa tão linda de descobertas e criatividade pode ser vivenciada com transtornos mentais.

Na realidade, as crianças não só podem sentir grande sofrimento psicológico, como também podem experimentá-lo desde pequenas e de forma intensa. Em comparação aos adultos, as crianças possuem menos recursos para lidar com esse sofrimento, pois são mais vulneráveis e dependentes, além de absorverem com mais facilidade os conflitos no ambiente. É necessário atenção para analisar alguns sinais de depressão infantil, por exemplo, o choro. É natural que as crianças, por terem menos recursos emocionais e menor vocabulário do que o adultos, chorem para expressar suas emoções e os sentimentos que não estão relacionados a nenhum transtorno.

Assim, é importante considerar as características do desenvolvimento das crianças e dos adolescentes. A depressão pode ser compreendida como o resultado e a interação de diversos fatores: genéticos, psicossociais e cognitivos. Estes fatores, associados a pensamentos pessimistas e uma visão negativa de si mesmo, do mundo e do futuro, contribuem para a manutenção do quadro depressivo. Em alguns casos a depressão pode se tornar mais grave e persistente com o passar do tempo. O prognóstico varia de acordo com o tipo de depressão e ainda com a idade na qual se manifestou.

Algumas das consequências a longo prazo podem incluir, ainda, o abuso de substâncias e até a tentativa de suicídio. O acompanhamento psicoterapêutico tem como função ajudar para que a criança e o adolescente expressem seu mundo emocional, podendo assim aliviar a sua pressão interna, auxiliando a assumir suas atividades. Quanto mais novas as crianças são, maior será a necessidade de envolver os pais no processo terapêutico.

Fonte: O Mílite

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Eduardo Galindo (Divulgação)
Eduardo Galindo

Psicólogo Clínico, especialista em Psicoterapia Breve. Suas áreas de atuação são psicoterapia de adultos, grupos e casal, workshop, e assessorias de grupos e palestras.

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