A Pastoral do Turismo, na Igreja, busca evangelizar o vasto mundo do turismo. Evangelizar não apenas o turista, mas esse leque imenso de pessoas que estão envolvidas com atividades turísticas. São as comunidades que recebem turistas, os profissionais de hospedagem e recepção, nas mais variadas áreas. Então, a Pastoral do Turismo (Pastur) existe para evangelizar esse mundo que é grandíssimo. Basicamente atuamos por meio de quatro linhas de ação: O turismo religioso e cultural; o turismo de base comunitária; as lutas proféticas contra tudo que no turismo fere a dignidade humana; e a formação de agentes de pastoral. Então, a partir dessas quatro linhas de ação, a gente atinge diversas possibilidades de pessoas.
Para fazer o turismo seja ele religioso cultural, seja de base comunitária, a gente precisa dos profissionais de turismo e de comunidades acolhedoras, a gente precisa de todo mundo. Mas também existe no mundo do turismo, como em tudo que é humano, as contradições. Existe o turismo sexual, a exploração do trabalho infantil, a degradação ambiental e cultural. Existem os preconceitos culturais e aí nesse sentido a gente também busca especialmente em parceria com pastorais sociais que atuam diretamente essas questões. É óbvio que como toda ação pastoral da Igreja a gente tem agentes e os nossos agentes precisam de formação. Realizamos encontros, congressos e diversas atividades formativas. Lançamos recentemente o livro “Marco Histórico e Conceitual da Pastoral do Turismo”.
Tem uma frase do Concílio Vaticano II que nos diz que “tudo o que diz respeito ao homem não é indiferente ao coração da Igreja”. Então, a Igreja tem um olhar amoroso e misericordioso para com tudo o que diz respeito à pessoa humana. O turismo é um direito humano e divino, todos temos o direito a descansar, fluir a vida, encontrar novas culturas, conhecer novas paisagens, peregrinar e ter novas experiências de vida.
Segundo a Organização Internacional de Turismo, antes da pandemia, eram realizadas mais de 1 bilhão de viagens internacionais no mundo. Imagine quantos deslocamentos, quantas pessoas nas mais variadas atividades. Existe muita gente fazendo turismo e não são só os turistas.
Existem mais de 30 atividades correlatas ao turismo como hospedagem, de passagens, de transporte, de alimentação, de venda de souvenir, enfim, diversos campos de atuação e serviços prestados. No meio de todo esse vai e vem e de serviços oferecidos, lembramos que a fé não tira férias.
As pessoas viajam, mas continuam indo à Missa, conhecendo Santuários e rezando. Nós precisamos, como Igreja, dizer a essas pessoas que chegam no hotel sobre as Igrejas e os horários das Missas mais próximas. Lá se sabe onde tem a sorveteria, o restaurante, a churrascaria, os pontos turísticos, o museu, o cinema, mas chegando no hotel e não se consegue saber onde está a igreja na cidade. Se eles não sabem é porque a gente não está dizendo, não está informando, então precisamos cumprir essa tarefa de informar. Por outro lado, descobrindo onde é a igreja, chegando lá o turista tem que ser bem acolhido na sua diversidade cultural, às vezes na sua diversidade religiosa.
Em síntese, a Pastoral do Turismo visa colher e inserir na vida das comunidades o turista; e prevenir situações que vão contra a dignidade humana; tudo isso e mais por meio da formação de agentes de pastoral.
Fonte: Jovem Mílite
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