A tradição da Igreja foi aos poucos discernindo quais escritos eram inspirados. A lista destes escritos é denominada Cânon das Escrituras, palavra grega que significa "medida, regra". Nem todos os livros escritos entre o povo de Deus fazem parte do cânon da sagrada escritura; muitos livros se perderam com o tempo.
O cânon compreende 46 livros para o Antigo Testamento (AT) e 27 para o Novo Testamento (NT). Os judeus consideravam que existiam dois cânones: o breve, escrito em hebraico (palestinense), e o longo que incluía escritos em grego (alexandrino). O AT em hebraico (Cânon Breve) é formado por 39 livros e se divide em três partes: a Torah, os Profetas e os Escritos. O Cânon Alexandrino, antigo testamento que compreendia também os livros escritos em grego, está formado por 46 livros.
A versão grega da bíblia, conhecida como dos Setenta, contém sete livros a mais: Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, I e II Macabeus e Sabedoria, além de partes do livro de Ester e Daniel. Os judeus de Alexandria tinham um conceito mais amplo da inspiração bíblica, convencidos de que Deus não deixava de se comunicar com seu povo, mesmo fora dos limites da Palestina, e de que o fazia iluminando os seus filhos nas circunstâncias em que se encontravam. Os apóstolos, ao levarem o evangelho ao mundo greco-romano, utilizaram o Cânon Alexandrino.
O Cânon do Novo Testamento é formado por 27 livros, e se divide em quatro partes: Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Cartas e Apocalipse. No séc. I, o número dos livros variava de comunidade para comunidade; no séc. II, algumas correntes heréticas afirmavam que apenas o evangelho de Lucas e as cartas de Paulo eram inspirados, e pretendiam introduzir seus próprios escritos, de modo que foi necessária a formação do cânon para os livros do novo testamento.
O Concílio de Hipona (393) e os de Cartago (397 e 419) reconheceram o cânon de 27 livros para o novo testamento. A chegada do Protestantismo no séc. XVI reacendeu antigas reflexões acerca da inspiração dos livros. O Concílio de Trento (1545) definiu dogmaticamente a lista dos livros do NT para a Igreja Católica.
Antes de se tornar um livro, a bíblia foi vivida e experimentada, foi contada e celebrada, e, na medida do possível, algumas pessoas começaram a escrever a experiência do povo com Deus.
As formas de leitura e de interpretação variam de acordo com a comunidade; os acontecimentos bíblicos podem ser vistos por vários ângulos. A intenção é descobrir a verdadeira mensagem de Deus, comunicada em linguagem humana. “Movido pela fé, conduzido pelo Espírito do Senhor que enche o orbe da terra, o povo de Deus esforça-se por discernir nos acontecimentos, nas exigências e nas aspirações de nosso tempo, em que participa com outros homens, quais os sinais verdadeiros da presença ou dos desígnios de Deus. A fé, com efeito, esclarece todas as coisas com luz nova, manifesta o plano divino sobre a vocação integral do homem, e por isso orienta a mente para soluções plenamente humanas” (Gaudium et spes 11).
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