Como é doce a vossa Palavra, ó Senhor

O Frei Pacífico Alves Santos (OFMConv.) presidiu hoje a Celebração da Palavra, no Oratório Imaculada Conceição e São Maximiliano Maria Kolbe, em São Bernardo do Campo, São Paulo, e comentou a Primeira Leitura (Ez 2,8-3,4) e o Evangelho de hoje (Mt 18,1-5.10.12-14).

Em sua reflexão do Evangelho Frei Pacífico destaca que a liturgia nos ajuda a refletir um pouco mais sobre nossa vida, sobre nossas atitudes e como conduzimos, à luz do Evangelho, nossas ações.

A leitura do livro do Profeta Ezequiel nos fala sobre a Palavra de Deus, que é doce como mel. Se pararmos para meditar sobre a doçura da graça de Deus na nossa vida; ou se pudermos dar um passo para refletir também sobre o sentir o gosto, saborear, teríamos mais sabor em nossa vida.

No Evangelho podemos lembrar: “sermos sal da terra e luz no mundo”. Essa palavra sabor vem da mesma raiz da palavra sabedoria, conhecer, apreciar. Será que nós sabemos dar sabor e sentir o gosto na Palavra de Deus?

Da mesma maneira quando saboreamos os alimentos mais gostosos, a Palavra de Deus na nossa vida, deve ser apreciada, para que possamos sentir e entender melhor a sua mensagem.

Hoje é dia de Santa Edith Stein, vemos que embora seja muito estudada, era no silêncio da clausura, que ela saboreava a Palavra de Deus. São Maximiliano durante toda a sua vida, embora fosse uma pessoa muito ativa, em diversos momentos sentiu o sabor de Deus, em oração.

Quando sentimos o sabor de Deus, de verdade, poderemos descobrir como uma criança, como é grande o Reino do Céu. Perceber que aqueles que estão excluídos, os marginalizados e aqueles que estão no vício ou os que se perderam são extremamente importantes para Deus.

Por isso assim como Nosso Senhor, vamos também atrás da ovelha perdida, ter sensibilidade para saber que muitas vezes esses excluídos estão na nossa casa, ou muito mais próximo de nós do que podemos imaginar.

Vamos fazer esse propósito de saborearmos mais a Palavra de Deus e sentindo o seu gosto, mesmo com as nossas próprias fragilidades e fraqueza, mesmo assim vamos ter a consciência que Deus, nos ama, está ao nosso lado e a nosso favor.

São Maximiliano foi muito provado, em toda a sua vida, teve que enfrentar contrariedades, frustações, dissabores e mesmo assim nunca deixou de sentir o sabor de Deus.

E nós? Como podemos resgatar esse sabor esse desejo por buscar Nosso Senhor Jesus Cristo? A cada missa, a cada oração, a cada pai nosso, a cada palavra da nossa oração, nós vamos, passo a passo, resgatando o sabor da Palavra de Deus em nossa vida e assim vamos cantar como o salmista: “Como é doce ao paladar a vossa Palavra, ó Senhor!”.

Transcrição Marta Romero