Evangelho: (Jo 2, 1-11)
No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava presente. Jesus e os discípulos também foram convidados para esse casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu: “Mulher, o que temos nós a ver com isso? Ainda não chegou a minha hora”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Havia ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus. Em cada uma cabiam duas ou três medidas. Jesus disse: “Enchei de água as talhas”. Eles encheram-nas até a borda. Então Jesus disse: “Tirai agora um pouco e levai ao organizador da festa”. Eles levaram. Logo que o organizador da festa provou da água transformada em vinho – ele não sabia de onde vinha, embora o soubessem os serventes que tinham tirado a água – chamou o noivo e lhe disse: “Todos servem primeiro o vinho bom e quando já estão embriagados servem o de qualidade inferior. Tu guardaste o vinho bom até agora”. Este foi o início dos sinais de Jesus, em Caná da Galiléia. Ele manifestou a sua glória, e os discípulos creram nele.
COMENTÁRIO
Hoje é domingo, dia de festa, dia do Senhor. Nossa vida poderia realmente ser uma contínua festa, só alegrias, só boas notícias, só melodia e dança. O segredo para que seja sempre assim, Maria já nos revelou naquela festa.
Na verdade, não se trata de um segredo. Há dois mil anos, em meio aos discípulos de seu Filho e entre muitos convidados, a Virgem Maria deu este conselho para toda a humanidade: “Façam tudo que meu Filho disser!” Simples, não é mesmo? É o suficiente para transformar a vida e transformar o mundo.
Ao dizer eles não têm vinho, Nossa Senhora não se referia apenas à falta material da bebida. Naquele momento, Maria estava intercedendo por todos seus filhos, Ela se referia a todo povo de Deus, oprimido e desesperançado, que vivia a expectativa de receber o vinho da Vida e da Salvação.
“Mulher, o que temos a ver com isso? Ainda não chegou a minha hora”. Com essas palavras, eu tenho a impressão que Jesus queria testar sua Mãe. Parece que Ele queria confirmar se Maria estava realmente entendendo o Plano de Salvação que seu Pai havia traçado.
A reação de Maria foi aquela que Jesus já esperava. Ela não se abalou, não discutiu, não impôs sua vontade e nem usou sua autoridade materna. Calmamente, porém de forma firme, disse aos criados: “façam tudo o que Ele disser!”
Essas palavras de Maria tinham dois endereços: seu Filho e cada um de nós. Para Jesus, suas palavras devem ser interpretadas como uma sugestão. Foi como se Maria tivesse dito: “Filho, você não acha que esta seria uma ótima oportunidade para você iniciar a Grande Obra de Redenção da humanidade?”
Para nós o recado foi dado de forma direta. Aqueles criados representavam toda a humanidade e, através deles, ela recomenda que sejamos obedientes. Ao dizer - “façam tudo o que meu Filho disser” - Maria não nos deixa outra opção. Obediência é a única saída para quem espera a salvação.
Jesus iniciou sua vida pública num ambiente festivo. Operou seu primeiro milagre numa festa de casamento. Nesse mesmo ambiente, Maria nos aponta o caminho a seguir, o Verdadeiro Caminho que é Jesus.
Por tudo isso, o cristão tem que ser alegre, tem que irradiar felicidade. O verdadeiro cristão sabe que, estão reservadas maravilhas que os olhos humanos jamais viram para aquele que fizer o que Jesus manda.
Jesus veio para transformar, para efetuar mudanças radicais. A primeira coisa que fez foi acabar com aquele conceito de religião antiga, opressora, cheia de normas, cheia de regras e triste; uma religião fabricada para beneficiar meia dúzia de fariseus e alguns doutores da lei.
Jesus veio trazer a salvação para todos. Na Nova Lei, classe social, raça e poder aquisitivo de nada valem. A partir de Jesus, amor, misericórdia e perdão, são requisitos básicos para se ganhar a vida eterna. Jesus veio para transformar. Sofre uma transformação total a vida de quem segue Jesus. Quem deixar-se mudar vai perceber que, a mudança é tão radical quanto a mudança da água para o vinho.
3º Domingo do Tempo Comum
Mais uma vez nos encontramos para falar de paz e das lutas por liberdade, por justiça e contra todo tipo de opressão. O evangelho de hoje fala exatamente sobre essas coisas. Podemos dizer que Jesus iniciou sua vida pública neste evangelho.
Batismo do Senhor
Na liturgia de hoje celebramos o batismo de Jesus. João relutou, não se achava digno, mas diante de tanta insistência, batizou o Mestre. Qual motivo teria levado Jesus ao Batismo?
Epifania do Senhor
Já estamos no primeiro domingo de um novo ano, ano jubilar, quando somos chamados a sermos peregrinos da esperança. Estamos ainda em clima de festa, respirando confraternização e esperando que os votos de paz se tornem reais. Um novo ano e novamente aquele desejo de mudar.
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