(...)Marta e Maria mandaram chamar Jesus, pois seu irmão Lázaro estava doente(...)Quando soube, Jesus disse: “Esta doença não causará a morte mas se destina à glória de Deus: por ela o Filho de Deus será glorificado”(...) [Quando Jesus chegou a Betânia Lázaro já havia morrido]. (...) Tomado de profunda emoção, Jesus se dirigiu ao sepulcro e ordenou: “Tirai a pedra”. Marta, irmã do morto, disse: “Senhor, já está cheirando mal, pois já são quatro dias que está aí”. Jesus respondeu: “Eu não te disse que, se acreditasses, verias a glória de Deus?” Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te dou graças porque me atendeste. Eu sei que sempre me atendes, mas digo isto por causa da multidão que me rodeia, para que creiam que tu me enviaste”. Depois dessas palavras, gritou bem forte: “Lázaro, vem para fora”! O morto saiu com os pés e as mãos atados com faixas e o rosto envolto num sudário. Jesus ordenou: “Desatai-o e deixai-o andar”. Muitos judeus, que tinham ido visitar Maria e visto o que Jesus fizera, acreditaram nele.
COMENTÁRIO
A liturgia de hoje nos apresenta a ressurreição de Lázaro. Este fato nos leva a refletir sobre a vida, esse dom precioso que recebemos de Deus. Este evangelho também nos lembra de que estamos aqui só de passagem. Ninguém ficará aqui na terra por toda eternidade. A qualquer momento esta nossa vida pode ser interrompida. Pode ser daqui a dez anos, dez meses, dez minutos ou até mesmo, daqui a dez segundos.
Precisamos ser realistas, a morte nos espreita em todos os momentos e não adianta querer tapar o sol com peneira, a verdade é esta: em todo mundo, neste exato momento, milhares estão fechando seus olhos e deixando esta vida. São pobres, ricos, parentes, amigos, conhecidos, velhos, crianças, jovens... A morte não escolhe sexo, nem idade e parece que sempre nos pega de surpresa. Nós ainda não nos acostumamos com ela. Na verdade, jamais nos acostumaremos com a morte porque fomos feitos para a vida, nascemos para a Vida Plena.
Este texto de João mostra-nos o lado profundamente humano de Jesus. Para restituir a vida ao amigo Lázaro, Ele enfrenta o perigo da morte, pois os judeus o estavam procurando para matá-lo. Os próprios discípulos perceberam o risco que existia e se propuseram a acompanhá-lo, para morrerem juntos.
O evangelho de hoje lembra também a nossa fragilidade, o imenso poder de Deus e a força do amor. Mostra que o amor é mais forte do que a morte. Só por amor, Jesus enfrenta a morte e volta à Judeia, vai para Betânia e arrisca sua própria vida.Leia Mais4º Domingo da Quaresma3º Domingo da Quaresma2º Domingo da Quaresma 1º Domingo da Quaresma
Mais uma vez Jesus se expõe e se coloca em favor da vida, mesmo sabendo que isso pode custar-lhe a própria vida. Nos dias de hoje ainda acontecem coisas semelhantes. Entre tantos mártires, me lembro da Irmã Dorothy, perseguida e assassinada por alguns daqueles que fazem da morte sua profissão. Querem matar Jesus e seus seguidores. Querem apagar todas as provas do poder do Salvador.
Apesar de tantas mortes, muitos são ressuscitados. Graças ao empenho de muitos cristãos, diariamente, a vida é devolvida para milhares de pessoas enterradas no pecado e cheirando mal na podridão dos vícios e das drogas. No entanto, os inimigos de Jesus tentam esconder essas verdades. Não querem permitir que o número de seguidores de Jesus cresça, exatamente como fizeram na época de Lázaro.
As Palavras de Jesus devem encorajar-nos a gritar bem alto seu nome. Quem crê em Jesus, mesmo que morra, viverá. A morte física é inevitável, mas não é o fim. Na verdade, é o começo da verdadeira vida. A grande certeza que Deus nos deixou é que a morte desta vida é a porta que nos introduz à vida eterna.
Todos somos chamados a promover, defender e agir em favor do grande dom de Deus chamado vida! Vamos lutar contra as várias formas de atentados contra a vida; o aborto, a eutanásia, a fome, a falta de moradia e terra. Vamos nos unir contra o “mal cheiroso” preconceito que mata moradores de rua, negros, mulheres e índios.
Vamos acompanhar de perto os passos de Jesus e assumir a postura corajosa de Tomé dizendo: “Senhor nós também vamos juntos para, se preciso for, até morrer por essa causa!” O importante é que esta certeza nos acompanha e fortalece: os amigos de Jesus jamais morrerão!
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