Evangelho Dominical

22° Domingo do Tempo Comum

Jesus estava disposto a cumprir o Plano de Deus

Jorge Lorente

Escrito por Jorge Lorente

03 SET 2023 - 00H00

Naquele tempo, Jesus começou a mostrar a seus discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e ao terceiro dia ressuscitar. Pedro levou-o para um lado e se pôs a repreendê-lo: “Deus não permita, Senhor, que isso aconteça”. Mas Jesus voltou-se para Pedro e disse: “Afasta-te de mim, Satanás. Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não tens senso para as coisas de Deus, mas para as dos homens”. Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por amor de mim, há de encontrá-la. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a se prejudicar? Ou, o que se pode dar em troca da própria vida? Porque o Filho do homem há de vir na glória do Pai, com os anjos, e então dará a cada um conforme as suas obras”.

Pedro tem uma presença marcante neste Evangelho. Pedro quer mostrar seu grande amor por Jesus ao tentar livrá-lo do sofrimento. Pedro não quer o sofrimento para si, nem para o Mestre. Assim como todo povo, Pedro também esperava encontrar no Messias um rei poderoso, vencedor e dominador.

O messias de Pedro e do povo, é exatamente o oposto daquele que estava nos Planos de Deus. Jesus estava disposto a cumprir o Plano de Seu Pai, um plano que incluía sofrimento, dor e, até mesmo a sua morte.

No evangelho de hoje Mateus nos fala do sofrimento, e fala também que não existe vida eterna sem sacrifício, sem renúncia e sem cruz. São essas as moedas utilizadas para adquirirmos o passaporte para uma eternidadeLeia Mais21º Domingo do Tempo ComumAssunção de Nossa Senhora19° Domingo do Tempo Comum feliz.

Certamente Pedro ama Jesus e, por amor, quer preservá-lo de qualquer sofrimento. Não só quer preservar Jesus, como também, não quer sofrer. Esse comportamento de Pedro, o seu modo de pensar é condenado por Jesus.

“Vai para longe, satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim!” Veja, só: aquele que há poucos dias fora chamado de pedra angular, agora se situava como uma “pedra de tropeço”. Esses altos e baixos eram muito comuns em Pedro, homem simples, sincero e extremamente humano.

É muito difícil para Pedro e para todas aquelas pessoas, entender e aceitar que Jesus não é um Messias glorioso e destruidor. Como aceitar um Rei sem um exército arrasador, sem armas e sem desejo de domínio? Realmente, não é fácil de entender.

Jesus é um Rei diferente. É o Messias pobre, servo e sofredor, que veio para salvar e não para destruir. Quer salvar a todos. Veio para fazer cumprir a vontade do Pai que espera ter todos os seus filhos ao seu lado.

Jesus nos ensina o caminho para chegar ao Paraíso. Mais uma vez deixa claro que é fácil chegar lá... basta segui-lo! Aquele que é a Verdade e a Vida, também é o Caminho. “Renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” – disse Ele.

Estas palavras de Jesus se traduzem como séria advertência para aqueles que pretendem trilhar seus caminhos. Renunciar, tomar a cruz e seguir. Estes três pontos são importantíssimos na vida do seguidor de Cristo.

Renunciar: significa deixar de lado tudo aquilo que impede a nossa aproximação com os pobres, os afastados e marginalizados. Renunciar a si mesmo é doar-se totalmente em favor daqueles que, além de alimentos, necessitam também de uma palavra amiga e de amor.

Tomar a cruz: significa encarar de frente os problemas do dia-a-dia, entregar a Deus as doenças, lutas e sacrifícios. Significa transformar esses momentos difíceis em orações pela santificação das nossas almas.

E, finalizando, seguir Jesus é acreditar e aceitar sua proposta de vida. É viver o evangelho. É praticar a justiça, a fraternidade e o perdão. Seguir Jesus significa viver o amor.

Escrito por:
Jorge Lorente
Jorge Lorente

Locutor da Rádio Imaculada, colunista e escritor de vários livros consagrados. Seu último lançamento foi a obra "Maria, mãe e mulher".

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