O batismo de João empenha a vida toda, é o sinal da vontade de mudança que ele havia exigido desde as suas primeiras palavras (cf. v. 2). O nada lisonjeiro apelido de “raça de cobras venenosas” condena os que fazem o jogo duplo e que não têm as condições necessárias para se aproximar do rito de purificação. Também não vale a justificativa da filiação abraâmica. Esta não é um talismã a ser exibido em algumas ocasiões, e muito menos o equivalente a uma apólice de seguro. Ser filho de Deus implica uma coerência de vida, como a do grande patriarca. Em caso contrário, não há possibilidade de salvação. O dito escatológico do versículo 10 expressa, em termos fortes, a urgência inadiável da conversão.
Os vercívulos11-12 são o centro do trecho evangélico de hoje porque expressam o pensamento de João, o último dos profetas e o precursor, sobre Jesus.
“Aquele que vem depois de mim”: João parece deslizar na sombra da relação que o liga a Jesus. A sua função de mensageiro tem aqui a sua observação qualificadora: ele veio antes para preparar um terreno acolhedor. “É mais forte do que eu”: a força era apresentada como prerrogativa dos tempos messiânicos e da própria pessoa do Messias (cf. Is 9,6). “Eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandálias”: João se considera menor do que o servo que habitualmente fazia esse serviço para o seu patrão.
Entre João e Jesus há a diferença entre o humano e o divino: “No começo do evangelho está João, o homem da profecia de Israel. João chega ao limite, até o lugar onde os homens se encontram dominados pela própria culpa." Conhece essa fronteira e nela se quis manter, como guardião de Deus, preparando um caminho que o supera.
Coloca-se onde o pecado é mais intenso e quer que os homens o confessem, descobrindo-se culpados, na água do Jordão: mas não pode atingir o outro lado, atravessar o rio e avançar para o território da graça, porque lhe falta exatamente o Espírito Santo” (X. Pikaza). O Espírito é o elemento que faz a diferença, que dá o salto de qualidade. É acrescentado o “fogo”, que já no antigo testamento simboliza a intervenção soberana de Deus e do seu Espírito que purifica as consciências (cf. Is 1,25; Zc 13,9; Ml 3,2-3).
Fonte: O Mílite
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Nos dias 27 e 28 de agosto celebramos a memória de Santa Mônica e Santo Agostinho. Ambos eram mãe e filho, Santa Marta foi capaz de transformar a vida vazia do filho no caminho da fé cristã; tanto que Santo Agostinho mais tarde ficou conhecido como o Doutor da Igreja. Venha conhecer essa linda história de mãe e filho!
O testemunho da fé de São Maximiliano Maria Kolbe
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