A proposta desse retiro quaresmal consiste em realizar a Leitura Orante da Bíblia durante as seis semanas da Quaresma.
Entre os elementos básicos para fazer este Retiro Quaresmal estão:
Essa experiência de oração pode ser feita por todas as pessoas que estiverem verdadeiramente motivadas e que ponham os meios necessários para fazê-la. Posto que Deus deseja comunicar-se a todos seus filhos muito amados, para fazer a experiência do encontro amoroso com Ele na oração basta reservar um tempo propício e escolher um lugar apropriado para esse encontro em meio aos afazeres da vida diária. Para que produza mais frutos é aconselhável que as pessoas que fazem o Retiro Quaresmal sejam acompanhadas nesse seu itinerário espiritual por alguém que tenha um pouco mais de experiência na vida espiritual
Aprendemos dos mestres de oração como é importante dar um tempo certo para a oração pessoal diária. Todos nós, hoje em dia, temos muito o que fazer. Depende de nós organizarmo- nos e convencermo-nos de que o tempo é a condição fundamental para a oração acontecer. Assim escreve São Francisco de Sales: “É muito importante dar atenção a Deus, durante meia hora diária; mas quando os afazeres são muitos, então é necessário destinar uma hora inteira para a oração pessoal”.
O melhor tempo para a oração diária é aquele em que estou mais descansado, menos disperso e agitado por conta das preocupações do dia. Se não for possível ser todos os dias no mesmo horário, agende esses momentos especiais.
Terminado o tempo da oração pessoal, sou convidado a usar mais algum tempo para rever como foi a oração, perguntando a mim mesmo: Saí-me bem? Por quê? Tive dificuldades, resistências? Recomenda-se ter uma espécie de diário espiritual onde se anota aquilo que aconteceu de importante e significativo durante a oração.
Serão divulgadas seis semanas do Retiro Quaresmal com seis exercícios de oração. O sétimo dia da semana destina-se para o que se chama de repetição. Trata-se de escolher o exercício da semana que mais me tocou ou que foi mais difícil para mim. A repetição tem um papel muito importante nos Exercícios Espirituais. Não raras vezes acontece que somente durante a repetição se consegue uma experiência de oração mais profunda.
Recomenda-se às pessoas que desejam fazer o retiro, formarem grupos por proximidade geográfica ou afetiva, sejam grupos já existentes na paróquia, sejam grupos a se constituírem. O objetivo é reunir-se, semanalmente de preferência, para a partilha das experiências. Tanto quanto possível, os grupos sejam acompanhados por um orientador experiente nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio, auxiliado por outros acompanhantes idôneos que se disponham a prestar este serviço pastoral.
Confira as propostas de reflexões diárias, mas antes prepare-se com o Roteiro para a oração diária que inclui a Revisão da Oração:
Estamos iniciando um novo tempo litúrgico, a Quaresma. É um tempo privilegiado, são quarenta dias de preparação para a maior festa do cristianismo: a Páscoa. Há uma série de símbolos próprios na liturgia deste tempo da Quaresma: a cor roxa dos paramentos; não é rezado o hino de louvor (o glória), a temática das leituras, os cânones, etc.
A liturgia nos convida ao jejum, não somente para cumprir uma lei, mas é uma forma de nos tornarmos solidários com aquelas pessoas que passam fome, não tem o alimento necessário para o sustento de seu corpo. É tempo de mortificação, de renúncia, de sacrifício (se bem que esses termos na atualidade são muito pouco usados, para não dizer desconhecidos). É tempo do conversão, mudança de mentalidade e do coração.
Cada ano, a CNBB nos apresenta um tema bem presente na vivência do povo brasileiro para que meditemos e reflitamos.
A narrativa apresenta Jesus sob a faceta do novo Adão, porque vence o orgulho que pôs a humanidade contra Deus. Ele é o novo Israel, pois vence as tentações a que Israel sucumbirá no deserto. Ele é o novo Moisés, porque superou as tentações de Moisés para ser o fundador , e o guia do novo povo do Deus, a Igreja.
O deserto das tentações é um resumo da experiência de Jesus durante todo o seu ministério. A narrativa visa a mostrar o sentido dessas tentações.
Este relato da descrição do juízo final pode ser interpretado de dois modos, dependendo de como entendermos a palavra irmão. Entendida num sentido genérico, designará qualquer homem. Neste caso a exortação se refere a todos os homens: Jesus está presente em qualquer faminto, sedento, forasteiro, sem roupa, enfermo ou encarcerado. Entendida num sentido mais restrito, a palavra irmão designará os membros da comunidade cristã e, portanto, a exortação se refere somente aos cristãos famintos, sedentos... Mas, tal vez as duas interpretações não sejam excludentes.
Mateus convida sua comunidade a recriar a solidariedade recíproca que deve reinar na nova família convocada por Jesus. A exortação das parábolas precedentes a estarem vigilantes e atentos adquire uma grande força à luz deste relato final. Estar vigilantes e preparados consiste principalmente em viver segundo o mandamento do amor.
Nos evangelhos existem duas versões do Pai- nosso. Uma de Lucas, a mais breve e provavelmente a mais antiga. E a outra de Mateus, por sua vez apresenta a que era recitada em sua comunidade.
A oração, como as demais práticas religiosas, transformaram-se para os fariseus num motivo do ostentação e luzimento externo; deixaram de ser um modo do louvar a Deus e era somente um instrumento para alcançar honra e prestigio diante dos homens.
A oração do cristão deve estabelecer uma relação íntima com o Pai; entra no teu quarto, fecha a porta; num clima de abandono e confiança a Deus: o teu Pai recompensar-te-á. Os cristãos devem orar como Jesus orava. Esse estilo de oração está presente de uma forma condensada no Pai-nosso.
No Evangelho de hoje, encontramos Jesus usando ásperas palavras. Ele se dirigi ao povo que o ouve como a uma "perversa geração". Mas por que tanta dureza? Porque eles não estão abertos para reconhecer o tempo de sua conversão às pregações de Jesus.
Jesus é o sinal que é, ao mesmo tempo, um apelo á conversão, muito mais urgente do que o apelo que o profeta Jonas dirigiu aos habitantes de Nínive, que eram pagãos.
Para cada um, a conversão tem a sua "hora" certa. É Jesus quem passa em nossas vidas em determinado momento.
Ele é o sinal, que é um apelo à conversão muito mais urgente do que a do profeta Jonas, dirigiu aos habitantes de Nínive, os quais eram pagãos. As palavras de Jesus assumem um estilo profético e, ao mesmo tempo, um tom de julgamento.
Estes ensinamentos de Jesus pertencem a uma antiga tradição, que Mateus e Lucas apresentam em contextos diversos. Em Lucas servem para ilustrar como a oração do cristão deve ser perseverante e confiante, em Mateus, no entanto, pretende apoiar a decisão do discípulo que opta para servir a Deus.
Os três imperativos que iniciam a instrução: Pedir... Buscar... Bater... tinham um sentido religioso no judaísmo: expressavam a busca em Deus e a confiança em sua providência. Mateus quer infundir esta mesma confiança à sua comunidade, relembrando--lhes que a oração cristã expressa e torna possível um estilo de vida em absoluta dependência de Deus.
Não é suficiente a justiça dos fariseus. Não basta evitar os homicídios, as mortes, as guerras. Jesus quer ir à raiz do mal, que se situa no mais profundo de nosso ser, e quer que nos convertamos ao nível dessa estrutura. O lugar privilegiado de Deus no mundo, após a encarnação, não é mais nos templos, mas na pessoa humana.
É preciso decidir-se pela fé e pela conversão. O perdão fraterno não pode ser adiado. Converter-se é seguir a Jesus no amor que ele tem por todos nós.
Hoje, sabemos, é inútil um culto a Deus se não cultuarmos o irmão, não amarmos o nosso próximo. E a reconciliação com o próximo tem precedência à adoração de Deus. Estamos assim perto de Deus na medida em que estamos perto de nosso próximo.
A oração de cada sábado consiste no exercício chamado de repetição. Trata-se de aprofundar aquilo que rezei durante a semana. Santo Inácio diz: Não é o muito saber que satisfaz a pessoa, mas o sentir e saborear as coisas internamente [EE 2]. Por isso não é apresentada uma nova matéria de oração para este dia. Faço, pois, a oração, a partir do texto ou moção que mais me consolou ou que mais me desolou na semana que passou.
Fonte: jesuitasbrasil.org.br
Os comentários bíblicos das semanas são extraídos do Diário Bíblico – Editora Ave Maria
Ilustrações da versão impressa original: Luis Henrique, de Varginha - MG.
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