Em geral, vemos a internet como ambiente de diversão. Lembro-me de quando, anos atrás, uma pessoa que visitava minha casa me viu na frente do computador e disse: “Maravilha, né? Fica só jogando aí no computador, né?”. Estava tão atarefado que nem pude interromper para explicar que era uma atividade muito importante da faculdade. Hoje em dia o ensino a distância se desenvolveu proporcionando que estudantes e professores, mesmo distantes, possam ter aulas juntos.
Nas empresas, a internet também ajuda nas atividades e até o serviço jornalístico é impulsionado pelas facilidades de comunicação da web. No comércio, há também grande desenvolvimento.
Recordando a importância da internet, vemos como ela ajuda os cristãos a permanecerem unidos durante o período da pandemia. O Papa Francisco rezou na Praça de São Pedro vazia, na sexta-feira da Quarta Semana da Quaresma, 27 de março, mas certo de que as colunas daquela praça, que representam um abraço, estendiam sua proximidade a todo o mundo.
Talvez, passada a pandemia, as comunidades possam vivenciar melhor os encontros pela web. Aulas de Bíblia e até mesmo complementos sobre catequese e orientações para o matrimônio podem ser transmitidas pela internet.
Uma das características fundamentais do cristianismo é a de formar comunidades. O lugar, digamos assim, da nossa Missa é na nossa comunidade. Mas por que tem Missa no rádio e na TV todo dia? Essas celebrações pelos meios de comunicação servem para que quem não pode estar com sua comunidade, possa se unir àquela comunidade que celebra pelo rádio, TV ou internet.
Pensemos nos idosos que têm dificuldade de sair de casa ou em quem trabalha em horários que não permite ir até a igreja. Para essas pessoas, digamos assim, a Missa que vale é aquela da qual participa com fé.
Neste período de pandemia, em que os fiéis são incentivados pelos pastores a permanecer em casa para evitar a propagação do vírus, acompanhamos as celebrações com fé. Não podemos estar nas igrejas, mas perseveramos unidos na oração.
Lembro o relato do Cardeal Francisco Van Thuan que ficou muitos anos preso no Vietnã e em seu livro Caminhos de esperança, onde conta como era celebrar a Missa escondido na prisão com duas gotas de vinho e migalhas de pão na palma da mão.
São Maximiliano Kolbe também rezou a Missa escondido no campo de concentração e quando se apresentou para dar a vida, informou que era um sacerdote católico. Tanto o cardeal como o santo, sentiam-se plenamente cristãos e sacerdotes mesmo sem o povo, sem a igreja, sem cálices, porque era a fé que os revestia de dentro para fora.
Pensemos também nas comunidades da Amazônia e dos interiores que nutrem sua fé de celebrações eucarísticas anuais, novenas e peregrinações. A fé dessas pessoas se alimenta também por transmissões de rádio e TV. É um modelo de Igreja que sobrevive mesmo com a escassez de clero e as estruturas eclesiais reduzidas.
Que possamos, passada a pandemia, valorizar ainda mais a internet como possibilidade de formação e as nossas comunidades como lugar de encontro com Deus, pelos Sacramentos e com os irmãos. E que possamos valorizar ainda mais a fé, presente de Deus que levamos onde for e nos dá a esperança nos momentos difíceis.
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