Por Padre José Alem, Missionário Claretiano
Desde o início da comunidade cristã, Maria foi vista e entendida sob diferentes perspectivas. A mais comum e central é ver nela a mãe do Senhor. Foi assim que Maria foi reconhecida desde o princípio. Dessa verdade fundamental gerou grande parte da espiritualidade e das devoções marianas. Mas podemos reconhecer Maria também de outra maneira. Como a primeira discípula e seguidora de Jesus. Essa nova maneira de olhar para Maria poderá aprofundar nosso conhecimento dela e nosso relacionamento com ela. Os evangelhos mostram que Maria foi mãe e discípula de Jesus. Acolheu a Palavra de seu Filho com fé, a viveu e transmitiu. Seu exemplo de vida a faz mãe também dos discípulos.
Maria é proclamada no Novo Testamento como a bem-aventurada pela sua fé (Lc 1,45). Foi pela vivência de sua fé como membro do Povo de Deus que Maria viveu a experiência de ser mãe do Senhor. Hoje a Igreja insiste para que todos os cristãos se empenhem de verdade em serem verdadeiros discípulos de Jesus. É hora dos cristãos se identificarem de fato com Jesus e segui-lo radicalmente adotando seus valores e critérios de vida. Maria entendeu isso de um modo único. Ela não colocou distância entre ser Mãe e seguir seu filho.
Esse distanciamento é muito comum entre os cristãos. Por isso é preciso superar essa distância de modo que todo cristão se sinta de fato seguidor de Cristo, assim como Maria. Seguir Jesus Cristo não significa só admirá-lo, tê-lo como modelo. Seguir Jesus Cristo significa “revestir-se dele” (Rm 13,14). A Igreja só será “sacramento de Cristo” no mundo se for verdadeira seguidora dele (LG 1). Ao falar Igreja estamos nos referindo a todas as pessoas, a todas as vocações, a todas as comunidades. E Maria é um modelo exemplar para todos. Sua história é modelo do seguimento a Jesus. Maria é modelo de quem abandonou aquilo que era passado e acolheu a novidade, soube dar um passo decisivo na fé, diferente de outros que duvidaram; apresentou-se como serva do Senhor e acolheu sem reservas sua palavra. Seguindo a Jesus com o seu coração, ficou de pé junto a Ele no momento de sua morte na cruz; tornou-se ela própria um “Cristo vivo”. Em sua vida terrena Maria realizou a perfeita figura de discípulo de Cristo, viveu as bem-aventuranças proclamadas por Ele. Por isso ela é a figura mais perfeita de Cristo, o modelo da Igreja.
Olhar para Maria e ver nela a perfeita seguidora de Jesus serve para questionar nosso modo de viver a fé, nosso estilo de vida pessoal e os diversos estilos de vida na Igreja. Maria, “igreja nascente” é fundadora da Igreja com Cristo por sua fé. Em Maria a Igreja descobre o projeto original de Deus e vê nela o itinerário da fé. O caminho feito por Maria é o caminho a ser feito por todo aquele que pretende ser um discípulo de Cristo.
Quando reconhecemos Maria como perfeita discípula e seguidora de Jesus entendemos nela tudo o que a Igreja nos ensina a seu respeito. Ser discípula e seguidora, modelo de Igreja é reconhecer que ela é Imaculada, Virgem, Mãe, Senhora, Rainha, Medianeira. Esses títulos dados pela Igreja ao longo dos séculos são expressão e conduzem ao mesmo tempo a Maria, discípula de Seu Filho e modelo para todos os que encontram em Cristo o Caminho da Vida.
Mãe de Deus, Maria!
A Bíblia (cf. Nm 6, 22-27) nos fala de bênção. Nós queremos pedir a bênção de Deus sobre nós neste momento difícil pelo qual passamos com a pandemia da Covid-19. Fazer descer a bênção de Deus sobre nós é fazer descer a salvação, alegria, saúde e a paz. É tudo o que nós queremos. E Deus nos dá a sua bênção: Jesus Seu Filho! Ele nos veio por Maria Sua mãe. Ela é a “porta” pela qual Ele entrou na humanidade.
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