O Papa Francisco, na cúpula climática da ONU que está ocorrendo em Dubai, levanta uma voz urgente, lembrando-nos de que o futuro de todos depende das escolhas que fazemos no presente. Com vigor, destaca que a devastação da criação é uma ofensa a Deus, um pecado estrutural que coloca em risco os seres humanos, especialmente os mais vulneráveis.
"Estamos a trabalhar para uma cultura da vida ou da morte? Escolhamos a vida, escolhamos o futuro!"
Ele enfatiza a relação típica entre a mudança climática e a dignidade da vida humana. A urgência é clara diante do sobreaquecimento da terra, resultado da insustentável atividade humana. A ganância desenfreada transformou a ambição em obsessão, explorando a Casa Comum de forma desmedida. O Papa nos alerta para ouvirmos os gemidos da terra, o grito dos pobres e as esperanças dos jovens.
As divisões entre nações são apontadas como um obstáculo significativo. Em um mundo interconectado, o multilateralismo é essencial, mas o Papa observa preocupações com o resfriamento desse processo, instando à reconstrução da confiança, o fundamento do multilateralismo. Ele destaca a interligação entre o cuidado da criação e a paz, chamando a atenção para o desperdício de recursos em guerras.
“Isto vale tanto para o cuidado da criação como para a paz: são as questões mais urgentes e estão interligadas. Quantas energias está desperdiçando a humanidade nas várias guerras em curso, como sucede em Israel e na Palestina, na Ucrânia e em muitas regiões da terra: conflitos que, em vez de resolver os problemas, aumentá-los-ão!”
O Papa Francisco denuncia a tentativa de transferir responsabilidades para os pobres e questões de natalidade. Ele pede a desmistificação desses tabus, apontando para a verdadeira vítima: as populações indígenas, a deflorestação, a fome e os fluxos migratórios. Propõe formas justas de lidar com as dívidas ecológicas e financeiras, buscando um novo multilateralismo que ouça os povos, jovens e crianças.
“É tarefa desta geração dar ouvidos aos povos, aos jovens e às crianças para lançar as bases dum novo multilateralismo. Por que não começar precisamente da Casa Comum? As alterações climáticas alertam para a necessidade duma mudança política.”
"Avancemos! Não voltemos atrás..." - O Papa Francisco pede ação prática e unificada, enfatizando a necessidade crucial de colocar em prática as propostas. Ele destaca a importância de uma mudança decisiva na COP28, expressando a vontade política necessária para impulsionar a transição ecológica. Para 2024, ele espera um ponto de viragem significativo.
“Também eu, que trago o nome de Francisco, gostaria de vos dizer com o tom veemente duma oração: deixemos para trás as divisões e unamos forças! E, com a ajuda de Deus, saiamos da noite das guerras e das devastações ambientais para transformar o futuro comum numa alvorada de luz.”
Que suas palavras ressoem como um chamado à ação global, transcendendo divisões e guiando-nos para um amanhecer radiante em nosso futuro comum.
Fonte: Plataforma de Ação Laudato Si’
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