O Papa lembra que devemos comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são. É um convite a “gastar as solas dos sapatos” em busca de uma informação baseada no encontro, na proximidade. Ir aonde o fato acontece e ver o impacto do acontecimento em sua base.
A comunicação não deixou de ser, mesmo em meio a tal crise, serviço essencial para nos deixar a par do que acontece ao nosso redor e, por que não dizer, sobre o que rola no mundo. Sabemos que a concorrência no campo jornalístico é surreal. Tem aquela corrida para dar o chamado “furo” jornalístico, que é dar a notícia em primeira mão e ser referência para outros veículos de comunicação. Às vezes essa corrida, sem fazer as checagens corretas, leva informações erradas ao público. Isso é conhecido como “barriga”, uma notícia que parece verdadeira, é divulgada como verdadeira, mas não é.
Isso não é só nas redações de jornal e internet. Não sei se acontece contigo, mas comigo aconteceu e continua a acontecer. Nos grupos de WhatsApp dos quais participo há uma disputa para quem será o primeiro a postar uma notícia sobre pandemia, vacinas, remédios caseiros, soluções milagrosas, guerras políticas sobre a doença etc. Sendo que em algumas oportunidades, entrei na “briga” para ser o mais atualizado.
A quem cabe a função de averiguar se essas notícias são verídicas? O Papa dá uma dica primordial para aqueles que são os responsáveis por esta tarefa: na comunicação, nada pode jamais substituir, de todo, o ver pessoalmente. Francisco ainda nos alerta: todos somos responsáveis pela comunicação que fazemos, pelas informações que damos, pelo controle que podemos conjuntamente exercer sobre as notícias falsas, desmascarando-as. Todos somos chamados a ser testemunhas da verdade: a ir ver e partilhar.
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