Por Frei Diogo Luís Fuitem Em Santos Atualizada em 28 AGO 2024 - 06H25

A santidade de Mônica e Agostinho

Mãe e filho santos são celebrados em 27 e 28 de agosto


Santa Mônica nasceu em Tagaste (Tunis, na Argélia de hoje) pelo ano 332 e cresceu imbuída de princípios cristãos. Como era costume na época, quando Mônica atingiu a idade foi dada em casamento a Patrício, que era um jovem pagão. Teve a preocupação de mudar o marido que era extremamente colérico e, com muito esforço e perseverança, conseguiu influenciá-lo e conduzi-lo à fé cristã. Foi mãe de três filhos: Agostinho, Navígio e Perpétua.

Alcançou converter ao cristianismo Patrício, antes de seus últimos dias. Daí em diante, após a morte do marido, ela se dedicou ao primeiro filho: Aurélio Agostinho que havia nascido em Tagaste, colônia romana. Sendo dotado de grande capacidade intelectual, teve oportunidade de realizar os estudos clássicos, sobretudo voltados para a gramática e a retórica. Depois desse estudo básico, passou a estudar filosofia, aderindo ao maniqueísmo [religião que contrapunha matéria e espírito na luta cósmica entre o bem o mal]. Em seguida, começou a lecionar retórica em Cartago, buscando na filosofia a verdade e a felicidade.

Aqui entra em ação a mãe, pois o próprio Agostinho escreveu no livro autobiográfico “Confissões”: “Minha mãe, serva fiel tua (Senhor), chorava a ti por mim, derramando mais lágrimas por minha morte espiritual que outras mães o fazem pela morte corporal de seus filhos”. O jovem Agostinho resolveu mudar-se para Roma, capital do Império Romano, fugindo, inclusive, da influência da mãe. Depois foi para Milão, chamado pelo prefeito dessa cidade, para ensinar retórica. Mas a mãe, que jamais abandonaria o filho, o seguiu. Um bispo havia garantido para ela: “Um filho de tantas lágrimas não é possível que pereça”.

Com efeito, Agostinho foi conquistado pela pregação de Santo Ambrósio, Bispo de Milão; pediu para tornar-se efetivamente cristão com o sacramento do Batismo. Após o período de catecumenato, isto é, de preparação, foi batizado aos 33 anos. Mônica conseguiu, assim, alcançar a graça tão suspirada! Ela e o filho resolveram regressar à África. Mas no caminho, no porto de Ostia, Mônica acabou por falecer aos 55 anos. O filho trilharia um caminho de fé, porque, de volta para a pátria, foi ordenado sacerdote em Tagaste e, em seguida, foi eleito Bispo de Hipona.

Como pensador e escritor deixou uma vasta obra de escritos, realizando a primeira grande sistematização do pensamento cristão. Por isso é considerado “Doutor da Igreja”. O sacrifício das mães em educar os filhos no bom caminho, jamais é em vão: pode produzir frutos extraordinários.

Exatamente como ocorreu no caso de Santa Mônica que encaminhou o filho, de uma vida vazia, para vivenciar a santidade. Santa Mônica e Santo Agostinho roguem por todas as mães e por todos os filhos!

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