Leandro de Aguiar e Sandra Canabarro
Neste mês celebramos a santidade de vida do santo católico mais conhecido no mundo inteiro. Já sabe quem é? Quer dica? Ele é um dos maiores pregadores de todos os tempos. É um dos santos tradicionais no mês de junho.
Ficou fácil né? Sim, é ele mesmo: Santo Antônio de Lisboa. Santo Antônio tem tantas belas histórias edificantes que eu gostaria de lhes escrever, mas as linhas me detêm a escolher somente algumas, a fim de que vocês possam se apaixonar por Nosso Senhor Jesus Cristo através do exemplo desse grande homem de Deus. Bora lá!
Com apenas 19 anos, Santo Antônio entrou para um mosteiro Agostiniano. Foi ordenado padre e, depois de alguns anos, com o desejo de evangelizar sempre mais e onde os cristãos mais sofriam, escolheu entrar para a comunidade de São Francisco de Assis, e assim o fez. Seu desejo era evangelizar no Marrocos. Aconteceu que, no caminho para o Marrocos, Santo Antônio adoeceu e teve que voltar à sua terra, Portugal. Contudo, devido ao mau tempo, o barco foi levado para a Itália. Lá aconteceu um dos encontros mais marcantes da história da Santa Igreja Católica: Santo Antônio conheceu São Francisco, o Pobrezinho de Assis. Santo Antônio tinha uma força irresistível com as palavras e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem.
Pregação aos peixes
Eis que Santo Antônio foi à cidade de Rimini e entrou na igreja. Ficou surpreso pois não havia nenhum fiel. Percebendo que o povo não queria ouvir a palavra divina, preferindo seguir aos hereges, resolveu pregar aos peixes. “Estou certo de que eles me ouvirão com muito mais atenção do que esses hereges”. E tristemente afastou- -se em direção ao rio Marecchia, onde ele deságua no mar Adriático. Olhando as águas começou a chamar: “Irmãos peixes. Os homens esquecem-se de Deus. Por isso aqui estou para vos falar”. Os peixes foram surgindo, pondo a cabeça para fora d’água. Só isso já era um milagre. Ao se deparar com os peixes ouvindo um frei pregar, os moradores do lugar se deram conta de que cometeram um grave erro ao não darem ouvidos a tão santo pregador.
Certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar seu dote para se casar. Desesperada, a jovem pediu com fé a ajuda do Santo que milagrosamente lhe entregou um bilhete e disse para procurar um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante deveria dar à moça moedas de prata equivalentes ao peso do papel. Obviamente, o homem não se importou, achando que o peso daquele bilhete era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio. Nesse momento, o comerciante se lembrou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo e nunca havia cumprido a promessa. Santo Antônio havia feito a cobrança daquele modo maravilhoso.
Uma outra vez aconteceu um outro fato, que talvez não tenha mais extraordinário na vida deste grande homem. Na região de Toulouse, na França, Santo Antônio disputava com um herege que não acreditava no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Apesar de vencido, o infiel não se convertia à fé. Depois de muito discutir, então, ele propôs que acreditaria se seu burro se ajoelhasse diante do Santíssimo Sacramento. Deixou o animal sem ser alimentado para que não fosse diante da Eucaristia na hora do desafio, mas que fosse direto para a comida.
Quando chegou o momento do encontro, Santo Antônio disse ao burro: “Ó, animal, em virtude e em nome do teu Criador que eu, embora indigno, tenho aqui presente em minhas mãos, ordeno e mando que venhas já sem demora até Ele e humildemente lhe prestes reverência, para que desse modo veja a maldade dos hereges que toda a criatura é sujeita ao Criador a quem a dignidade do sacerdote trata cada dia nos altares”.
O animal, mesmo atormentado de tanta fome, quando ouviu as palavras de Santo Antônio, logo abaixou a cabeça, caindo de joelhos diante do Sacramento. Diante deste fato, muito se alegraram os fiéis católicos, e merecidamente saíram confundidos os hereges. E aquele dito herege se converteu ali mesmo, conforme havia prometido, e começou a obedecer aos mandamentos da Igreja.
São muitas e belas histórias ainda a serem contadas. Exorto-os, caros mílites, a buscarem bons vídeos e boas leituras sobre a vida deste tão grande santo católico, tão abundantes na internet, e o tenham em grande conta, até mesmo em conta de um novo amigo santo, outro mais para chamar de seu. Nunca nos esqueçamos de que os Santos de nossa amada Igreja devem ser seguidos em seus exemplos, e assim possamos nós também trilhar o caminho de santidade e amor a Cristo, Nossa Senhora e a todos os Seus Santos e Anjos amigos.
Fonte: Jovem Mílite
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