A mensagem de Nossa Senhora de Lourdes

Eis o que a afortunada criatura escolhida pela Imaculada, Bernadete, contou ao seu pároco que havia pedido à Senhora da aparição, que fizesse florescer um roseiral no inverno, como sinal de sua proveniência celeste. “Eu vi – disse ela – aquela criatura maravilhosa e lhe disse: 'O senhor pároco exige alguma prova, por exemplo, que a senhora faça florescer o roseiral que está debaixo dos seus pés, já que os sacerdotes não se contentam com a minha palavra e não querem falar comigo sobre aquela coisa (da construção da capela)'. Em resposta Ela sorriu, mas não pronunciou palavra alguma; depois me disse que rezasse pelos pecadores e exclamou três vezes: Penitência! Penitência! Penitência!”. O florescimento de um roseiral em pleno inverno é algo insignificante, ainda que a Imaculada o tivesse feito, em comparação com a conversão dos pecadores obtida com a ajuda da penitência.

“Deleitar-se”: grita o mundo. Para buscar os máximos prazeres possíveis, cometem-se roubos, fraudes, corrupções, traições e até assassinatos. E quando não se consegue o prazer, ou quando o coração, farto até a náusea da imundície moral, vê todo o vazio e a inconsistência da falsa felicidade atrás da qual estava correndo, então, a vida se torna insuportável e às vezes termina com uma vida sem sentido.

Neste mês, a Santa Igreja nos convida de modo particular à penitência, aspergindo cinzas na nossa cabeça e dizendo-nos: Lembra-te, o homem, que és pó e ao pó retornarás [cf. Gn 3,19].

Em que consiste o jejum segundo as prescrições da mais recente legislação canônica? A nova lei distingue duas coisas: a abstinência da carne (abstinentia) e o jejum (ieiunium). O que proíbe a abstinência da carne? Proíbe o uso da carne e do caldo de carne.

E o que proíbe o jejum segundo a interpretação estrita da nova legislação? Proíbe comer até a saciedade mais de uma vez por dia; permite, portanto, só uma leve refeição de manhã e à noite.

Escrito de São Maximiliano Kolbe número 1297