“Maria – ensina Paulo VI – é alem disso a Virgem em oração” (MC 18).
São Maximiliano Kolbe

São Maximiliano Kolbe: o homem em oração

“Maria – ensina Paulo VI – é alem disso a Virgem em oração” (MC 18).

Paulo Teixeira

Escrito por Paulo Teixeira

17 MAR 2019 - 11H05 (Atualizada em 16 JUN 2021 - 11H53)

Divulgação

Padre Luigi Faccenda, franciscano menor conventual

“Maria – ensina Paulo VI – é alem disso a Virgem em oração” (MC 18).

“Assim Ela aparece na visita à mãe do precursor, no qual infunde o seu espírito em expressão de glorificação a Deus, de humildade, de fé, de esperança: tal é o Magnificat (Lc 1, 46-55), a oração por excelência de Maria, o canto dos tempos messiânicos nos quais há a confluente exultação do antigo e novo Israel. Virgem em oração aparece em Canaã onde, manifestando ao Filho com delicado pedido uma necessidade temporal, obtém também um efeito de graça: que Jesus, cumprindo o primeiro dos seus sinais, confirmam a fé dos discípulos nele (Jo 2,1-12). 

Também, o último tratado biográfico sobre Maria nos apresenta a Virgem orante: Os Apóstolos “perseveravam unanimemente na oração, juntamente com algumas mulheres e com Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele”(At 1,14): a presença orante de Maria na Igreja nascente e na Igreja de todo tempo, porque Ela, assunta ao céu, não terminou a sua missão de intercessão e de salvação. Virgem em oração é também a Igreja, que cada dia apresenta ao Pai a necessidade dos seus filhos, ‘louva o Senhor incessantemente e intercede pela salvação do mundo” (MC 18).

São Maximiliano Kolbe, seguindo os seus passos, foi o homem em oração. O homem que viveu a mais profunda vida interior; que invocava Maria muitas vezes e muitas vezes por dia; que se ajoelhava e implorava: “Imaculada, diga-me como devo levar-te aos homens meus irmãos...”. O homem que, na prisão e no campo de extermínio, recitava o rosário e falava dos mistérios divinos mais profundos aos seus companheiros, confessando e levando a santa Eucaristia a quem tinha necessidade de força e de conforto. Até no bunker da fome, onde morreu, rezou até o último instante da sua vida, até o último respiro, invocando: “Ave Maria! Ave Maria!”.

Escutemos um dos seus numerosos ensinamentos com respeito à oração:

“A oração é um meio desconhecido, e no entanto o mais eficaz para restabelecer a paz nas almas, para dar a elas a felicidade, porque serve para aproximá-las ao amor de Deus. A oração faz renascer o mundo. A oração é a condição indispensável para a renegação e a vida de cada alma. (...) Rezemos bem, rezemos muito, seja com os lábios ou com o pensamento, e experimentemos em nós mesmos como a Imaculada tomará sempre mais posse da nossa alma, como a nossa pertença a Ela se aprofundará sempre mais sob cada aspecto, como as nossas culpas se dissiparão e os nossos defeitos se enfraquecerão, como suavemente e potencialmente nos aproximaremos sempre mais de Deus. A atividade externa é boa, mas, obviamente, é de secundária importância e então menor em confronto com a vida interior, com a vida de recolhimento, de oração...”(Escrito de São Maximiliano Kolbe 903)

Escrito por
Paulo Teixeira
Paulo Teixeira

Jornalista formado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), atua como editor responsável das revistas O Mílite e Jovem Mílite há mais de quatro anos. É autor do livro "A comunicação na América Latina".

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