Todos os dias o vendedor de balas Marcelo Ferreira da Costa sai da sua casa localizada no bairro Eldorado, em Diadema, em São Paulo, e segue para a região central da cidade vizinha, São Bernardo do Campo.
O trajeto, que leva mais de uma hora para ser vencido é feito por meio de dois ônibus. Costa, que tem as pernas paralisadas e se locomove com um skate, conta com a ajuda de outros passageiros e de motoristas para subir e descer das conduções.
Quando chega no cruzamento das ruas Banda e Lucas Nogueira Garcez, próximo a Igreja Santíssima Virgem. É neste local que Costa vende seus produtos, que ajudam a sustentar ele e o filho de 16 anos.
Lá se vão 18 anos desde que o vendedor começou a trabalhar no local. Essa parece ser a história de tantos outros brasileiros, mas no caso deste vendedor de balas há uma força que ajuda a movê-lo todos os dias: a fé em Nossa Senhora e seu trabalho na Paróquia Santíssima Virgem.
A vida deste vendedor está cheia de histórias de fé, sendo que a primeira ocorreu logo nos primeiros anos de vida. Filho mais novo de oito irmãos, Marcelo Costa teve paralisia infantil quando tinha dois anos, o que o forçou a ficar em uma cadeira de rodas.
“Tive uma febre muito forte que paralisou meu corpo todo. Minha mãe fez uma promessa a Nossa Senhora Aparecida, e aos poucos meus movimentos foram voltando. Acredito que essa foi minha primeira experiência com Nossa Senhora. Nada é por acaso nesta vida”, relata.
Já na adolescência um outro episódio de fé mudou a vida de Marcelo. Aos 14 anos, em um domingo que iria participar do encontro do grupo de jovens, sua cadeira de rodas quebrou, impedindo-o de chegar até seu destino. “Vi um rapaz brincando de skate na rua e pedi emprestado para ir para meu compromisso. Desde então, só uso esse meio de locomoção”, destaca.
Porém, foi nessa paróquia que Marcelo se sentiu excluído durante uma atividade do grupo. Ele recorda que haveria uma viagem, mas que ele foi impedido de ir sem um motivo aparente. “Depois disso, me desanimei e me afastei completamente da igreja”, recorda sem esconder a tristeza no olhar.
Entretanto, o brilho do olhar volta a aparecer quando ele recorda do dia em que tentou vender balas para o Frei Sebastião Benito Quaglio (OFMConv.), que quis saber de sua história. “Como conversamos por pouco tempo, ele somente me disse para nunca desistir e me deu um terço”, enfatiza.
Ele afirma que naquele momento, algo calou fundo em seu peito e ele sabia que uma mudança iria acontecer. Dias depois, ele entrou na Igreja Santíssima Virgem e se deparou com o Frei o esperando na porta. Ele pediu que o vendedor sentasse nos primeiros bancos e falou da sua perseverança para todos os fiéis.
“Era um momento muito difícil da minha vida e senti minha fé foi reacendida, que Nossa Senhora me pegou no colo e me protegia. É algo muito marcante para mim”, relata sem esconder a emoção.
Hoje além de estar sempre ao lado da igreja da Santíssima Virgem, Costa consegue conciliar sua vida com a atividades na paróquia. Ele participa do grupo de orações, grupo de adoradores e Pais de Padrinhos orantes. “Atendi a um chamado de Nossa Senhora”, salienta.
Costa recorda da primeira vez que esteve na sede da Milicia da Imaculada, em São Bernardo e não consegue descrever o que sentiu naquele momento. “Sinto que estou no céu. É algo muito forte, pois meu amor por Nossa Senhora é muito grande”, afirma.
Se antes ele se sentia excluído das atividades, agora é ele quem é responsável por convidar os colegas a participar da missa. “Minha vontade é que todos sintam o que eu senti, quando Nossa Senhora me pegou no colo e me levou de volta para a igreja. É algo muito gratificante”, diz.
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