Por Barbara Rodrigues Em Minha História de Fé Atualizada em 10 FEV 2020 - 11H54

O amor à espera de um milagre

O amor à espera de um milagre

Naquela tarde o casal, além de comemorar o vigésimo quarto aniversário de Débora e a graça de ter comprado uma casa, festejavam o sexto mês de gestação de Débora. Contudo, dez dias depois, a história do jovem casal mudaria drasticamente.

Era madrugada quando Débora começou a sentir muita dor e foi levada ao hospital. O parto foi complicado. Nicolas Maximiliano nasceu prematuro e lutava por sua vida. Durante sete horas Débora não teve notícias do bebê e vencida pelo cansaço adormeceu. Ao acordar Jaime e a mãe deram a notícia: Nicolas Maximiliano veio falecer.

A semana seguinte foi a mais angustiante para o casal. Muitos questionavam por que Deus tinha feito isso com eles, justo um casal tão firme na fé. Mas, conforme os dias passavam a certeza de que Deus poderia mudar a vida deles foi confirmada. No dia 10 de maio de 2007, Débora descobriu que estava grávida novamente.

Três meses depois, Débora foi realizar um ultrassom e, percebeu que algo estava errado. Durante o exame o médico saí da sala a todo momento. A notícia chegou dilacerando a esperança de um futuro feliz, o bebê não tinha batimentos cardíacos. Começava para o casal uma verdadeira via-sacra. Posteriormente, Débora e Jaime procuraram um médico experiente nesses casos. Ele examinou Débora e informou que não poderia fazer uma coletagem, o bebê teria de ser expelido naturalmente pelo organismo. O casal sentia a confiança em Deus fraquejar, no entanto, o amor que unia os dois no matrimônio se tornava cada vez mais forte.

Em um domingo, após um churrasco com os amigos, Débora sentiu-se muito mal e depois de quatro horas de muito sofrimento, ela descobriu que seu organismo tinha expelido o bebê. O segundo filho de Débora e Jaime recebeu o nome de Samuel, que significa escolhido de Deus.

Em 21 de fevereiro de 2008, o casal recebeu uma graça. Débora estava grávida pela terceira vez e aquele sentimento de tristeza foi preenchido por alegria.

Até o quarto mês a gravidez foi tranquila. Em uma noite, logo após ter completado seis meses, Débora teve sangramento e foi levada ao hospital. Era o começo de um aborto espontâneo. O pesadelo recomeçou como um filme sem fim. Débora sagrava muito e insistia em fazer um ultrassom, mas o médico não autorizava o exame. Sem condições de atendê-la naquele lugar, transferiram Débora para outro hospital e lá outros médicos a examinaram. O diagnóstico foi o mesmo: o coração do bebê tinha parado. Chorando muito, ela soube que seu filho seria retirado de seu ventre às nove horas do outro dia. Jaime entrou no quarto para se despedir da esposa, não ficaria aquela noite com ela, pois estava transtornado e não queria mais passar por aquilo, chegou a dizer para Débora que depois de tudo eles iriam embora, deixariam o passado para trás. Ela pediu para ele acreditar uma última vez, mas ele não conseguiu suportar a agonia.

Naquela noite Jaime foi para a casa de sua mãe, pediu colo e chorou toda mágoa que o consumia. Sua mãe insistia em rezar e dizer que nada tinha acontecido. Ele não entendia por que ela estava fazendo isso.

Enquanto isso, no hospital Débora queria entender a razão de tanto sofrimento, não entendia os planos de Deus. Foi quando uma médica a examinou e explicou que aplicaria um medicamento que correria os ossos do bebê, porque ele estava muito grande para o procedimento de coletagem. Angustiada adormeceu. Pela manhã uma enfermeira negra acordou Débora, e ela por sua vez, teve certeza que era um sinal de que Nossa Senhora. A enfermeira tentando acalmá-la escutou o pedido da mãe que queria fazer um ultrassom. Por fim, ela conseguiu autorização para levar Débora a um posto de saúde que tinha a máquina disponível. Jaime foi junto.

Chegando no posto, Débora foi colocada na maca para o exame. Antes mesmo da médica falar o resultado, ela já sabia que seu filho estava vivo. A médica emudeceu. De fato, a criança estava viva.

Por uma semana os médicos fizeram todos os exames possíveis para tentar entender o caso. As tentativas foram em vão. Débora voltou para casa, mas teve de permanecer em repouso durante toda a gestação para não ter complicações e antecipar o parto. A ajuda da família neste momento foi essencial.

A chegada do bebê estava marcada para o dia 14 de novembro de 2008. Todavia, o dia estava longe de ser tranquilo. Assim que Débora e Jaime entraram no hospital foram informados que o convênio estava com alguns contratempos e Débora deveria ser transferida imediatamente. O empecilho maior foi encontrar um hospital que fizesse o parto dela, uma vez que todos recusavam a internação da mãe, assim que viam seu prontuário médico. Na ocasião a mãe do Jaime, que acompanhava o casal no dia, comentou que a história deles parecia com a de Nossa Senhora e de São José a procura de um lugar para receber Jesus.

Depois de muita angústia, surgiu uma vaga no hospital Universitário de São Bernardo. O parto sofrido não diminuiu a emoção de ouvir o choro do pequenino. No dia 15 de novembro de 2008 nascia um milagre e este recebeu o nome de Miguel “Quem como Deus, ninguém como Deus”.

Atualmente Miguel tem sete anos. Muito carinhoso e ativo, ele gosta de gastar suas energias praticando esporte. Em relação a seus pais, Débora e Jaime se sentem muito felizes ao ver seu filho crescer e assumiram a evangelização como o projeto principal de sua vida. A Livraria Lilium em Mauá-SP é a conquista do casal que há mais ou menos sete anos são parceiros da Rádio Imaculada Conceição 1490AM.

E esta é a história de fé de Débora Duarte e Jaime Ney Vicente de Paula




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