O tema central desta primeira edição foi “Autismo e Práticas Baseadas em Evidências do Diagnóstico à Intervenção na Infância e na Vida Adulta”.
Em uma realização que envolveu muitos esforços em conjunto, presidido por Indihara Horta, do Kuzola Mona, centro de desenvolvimento infantil localizado em Angola, o evento reuniu 30 especialistas com valiosas contribuições.
Congresso Extraordinário
Dra Luciana Xavier, neuropsicóloga especialista em autismo, abordou um tema muito sensível e que vem ganhando crescente atenção no meio: o diagnóstico no público feminino, especialmente em mulheres adultas. De uma hora para outra aquela menina que sempre foi vista como antissocial ou cheia de manias e esquisitices se depara com a sugestão de um teste neuropsicológico. Diante de um diagnóstico positivo fica tudo muito mais claro sobre tantas experiências que marcaram sua vida e podem ser então ressignificadas.
Outro tema sensível na comunidade TEA passa a existir quando a criança sai da adolescência e entra na vida adulta. Então nos perguntamos: O que será agora que não temos diante de nós uma criança? Não há qualquer chance da tão aclamada intervenção precoce…
Já o médico Thiago Gusmão, neuropediatra, nos presenteou ao expor sobre os impactos do autismo no mundo e a identificação dos níveis de autismo em adolescentes e adultos. Sua experiência desconstrói a antiga crença de que apenas a intervenção em idade precoce é capaz de produzir avanços e comprova a viabilidade de instalar novos comportamentos que promovam maior autonomia em indivíduos antes considerados incapazes em muitos aspectos.
por June Camargo
Tradutora, mãe veterana (da Marjorie, TEA, 25 anos; e do João Lourenço, neurotípico, 19 anos) e ativista da causa.
Fonte: Cana do Autismo
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