Igreja

A missão de Irmã Pia com às crianças cegas de Ruanda

"Gratidão, curiosidade, abertura e alegria que vem das pequenas coisas". Assim a Irmã Pia Gumińska descreve o amor divino que se revela nos pequenos que cuida no Centro Escolar e Educativo para Crianças Cegas de Ruanda.

Escrito por MI

27 NOV 2024 - 07H17

Com uma população de 14 milhões de habitantes, Ruanda é recordado por causa do aconteceu no início da década de 80. Naquele período, a Abençoada Virgem Maria apareceu às jovens de Kibeho. A Igreja Católica reconheceu oficialmente todas as aparições e peregrinos têm vindo de todo o mundo. Nas proximidades, encontra-se uma escola e um centro educativo para os cegos administrados pelas Irmãs Franciscanas Polonesas Servas da Cruz.

A fundação foi em 2008. Em 2009, foi inaugurada uma escola básica - a primeira para cegos em todo Ruanda. Há também duas escolas secundárias, uma delas especializada com diferentes módulos educativos. Atualmente, o centro é frequentado por 185 crianças. A equipe que trabalha no espaço é formada por duas religiosas da Polônia, uma do Quênia, três de Ruanda, além de vários funcionários leigos.

A Irmã Pia Gumińska explica que contemplava a ideia de servir como missionária há anos. «Disse a Jesus que, se houvesse a necessidade, eu iria. Houve uma oferta das superiores, por isso quis conhecer esta jovem Igreja e vim para cá, com total abertura», salienta. As religiosas em Kibeho querem incutir nas crianças a ideia de Madre Rosa Czacka, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Servas da Cruz, agora Beata: «queremos mostrar-lhes que conseguem ser independentes e que podem demonstrar aos outros que a deficiência não impede o desenvolvimento e o sucesso. Queremos dar-lhes esperança através da nossa atividade».




No entanto, muitas das crianças das quais as religioas cuidam foram abandonadas pelas famílias. É por isso que muitas vezes chegam ao centro mais velhas, com 12 ou 13 anos. Os alunos da escola não são preguiçosos. Levantam-se cedo, começam o estudo individual às 6 da manhã, vão para a escola às 8 e ficam lá até às 17h. Depois da escola, têm atividades desportivas e, em seguida, novamente o tempo de estudo individual. O grupo inclui alguns alunos que se distinguem. Um deles é Jean de Dieu Niyonzima, que ficou em quinto lugar no país nos exames nacionais do final do ensino básico. Ele disse à imprensa local que gostaria de estudar jornalismo e línguas.

As religiosas estão muito orgulhosas de cada resultado dos seus protegidos. «As crianças são extremamente criativas. Conseguem compor uma canção para o Dia dos Professores, por exemplo. Cantam a várias vozes e em diferentes tonalidades, e também temos um coro da escola. Atuam em todas as celebrações do colégio e dirigem os cânticos na Missa de Domingo», diz a Irmã Pia. Dois professores dão aulas de dança, frequentadas por crianças mais novas e mais velhas com deficiência visual.

A escola é o lar de um grupo de crianças albinas também. Elas sentem-se seguras aqui, apesar do seu destino poder ser trágico na África. «Um dia, uma mulher trouxe duas crianças albinas para a escola, dizendo que só a terceira, deixada em casa, era ruandesa», conta a religiosa. «É por isso que é necessário dedicar-lhes um amor especial», sublinha.

Conhecendo a Beata Rosa Czazka, padroeira dos cegos

As religiosas insistem que a Providência está olhando por elas. «Deus, cuida muito bem de nós, enviando-nos financiadores; a maior parte das nossas atividades é possível graças a donativos, principalmente da Polônia e de organizações de outros países», acrescenta a Irmã Pia:

“Por vezes, basta pensarmos numa nova ideia e, de repente, há pessoas que nos ajudam a materializá-

Fonte: Vatican News

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