“Eu como uma pessoa que teve a pólio e que conviveu com a doença a vida inteira, não consigo entender que apesar de ter a vacina, a pessoa escolha o risco”, diz Andrea Silva, de 52 anos, que sabe bem das consequências da poliomielite. Ela contraiu a doença, também conhecida como paralisia infantil, aos dez meses de idade. Na época, não havia vacina disponível em Macapá, capital do Amapá, onde morava. A doença causou uma deficiência física e efeitos tardios também, que a levaram a se aposentar por invalidez.
Atualmente, Andrea é presidente da Associação G14 de apoio a pacientes com poliomielite e síndrome pós-pólio. Ela que não teve a chance de se vacinar, pede aos pais que não deixem de atualizar a caderneta de vacinação dos filhos.
“Por isso é tão importante as campanhas de vacinação e é tão importante que as pessoas levem seus filhos, vacinem, e não se rendam a essas fake news que dizem que vacina é perigosa, não é necessária e que as pessoas devem poder escolher ou não se vacinam seus filhos”.
Neste sábado (17) é o dia D de vacinação contra a poliomielite para crianças de até cinco anos de idade. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% desse público, estimado em 11,2 milhões de pessoas. Também haverá multivacinação para Crianças e adolescentes com menos de 15 anos, não vacinados ou com esquemas incompletos de qualquer vacina.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, ressalta que, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, os pais ou responsáveis devem levar as crianças aos postos de saúde, que adotaram os protocolos sanitários para garantir a segurança de quem comparecer a esses locais.
“Estamos fazendo uma campanha junto com o Unicef e com a Sociedade Brasileira de Pediatria que se chama exatamente ‘Vacinação em dia mesmo na pandemia’. É claro que todos devem respeitar as regras gerais de segurança pra gente tentar se proteger do coronavírus: uso de máscara pelos pais e crianças com mais de dois anos quando forem às unidades de saúde, distanciamento e lavagem de mãos.
A vacina é a única forma de prevenir a poliomielite, que é contagiosa e pode infectar crianças e adultos. Nos casos mais graves, pode causar paralisias musculares, principalmente dos membros inferiores e até levar à morte. O esquema vacinal contra a doença é composto por três doses de vacina injetável, em bebês de dois, quatro e seis meses, e mais as doses de reforço com a vacina em gotinha.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação segue até 30 de outubro.
Fonte: Radioagência Nacional
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