Olá, meu amigo e minha amiga, mais uma vez, vamos meditar a Palavra de Deus. Celebramos, em dia 12 de abril, o Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor. A celebração da ressurreição nos garante que a vida em plenitude resulta de uma existência feita de amor e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
Confira o que nos dizem as leituras de hoje:
A primeira leitura, tirada do Livro dos Atos dos Apóstolos, apresenta o exemplo de Cristo que passou pelo mundo fazendo o bem e que, por amor, doou sua própria vida. Os discípulos, que são as testemunhas da ressurreição, devem anunciar esta verdade a todos os homens. A ressurreição de Jesus é a consequência de uma vida gasta fazendo o bem e libertando os oprimidos. Isso significa que sempre que alguém se esforça para vencer o egoísmo, a mentira, a injustiça e assim poder fazer triunfar o amor, está ressuscitando. Significa também que, sempre que alguém manifesta, em gestos concretos, a sua entrega aos irmãos, está construindo vida nova e verdadeira. A ressurreição de Jesus significa, ainda, que o medo, a morte, o sofrimento e a injustiça, deixam de ter poder sobre o homem que ama e que partilha a vida. Ele tem assegurada a vida plena; uma vida que os poderes do mundo não podem destruir, ou restringir. Ele, ou ela, podem assim, enfrentar o mundo com a serenidade que lhe vem da fé. Essa fé deve ser a alavanca para testemunharmos a ressurreição. Eu, você, nós, os discípulos da atualidade, não vimos o sepulcro vazio, mas fazemos, todos os dias, a experiência do Senhor ressuscitado, que está vivo e que caminha ao nosso lado nos caminhos da história. A nossa missão, portanto, é testemunhar essa realidade; no entanto, o nosso testemunho será oco, será vazio se não for comprovado pelo amor e pela doação que são as marcas da vida nova, que é Jesus.
Este salmo é uma oração coletiva de agradecimento. Dividida em grupos, a comunidade recebe a pessoa que vai agradecer e entoa o refrão, exaltando o amor de Deus. A pessoa começa a contar a experiência de ter sido atendida por Deus, e traz para todos uma lição de confiança que desmascara as falsas seguranças, encontradas longe de Deus. A comunidade responde, celebrando a vitória conseguida com o auxílio do Senhor, cantando: “Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia. Diga a casa de Israel: é eterna a sua misericórdia”.
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova. Quando escreveu a Carta aos Colossenses, Paulo estava na prisão. Um amigo foi visitá-lo e lhe falou da crise pela qual passava a Igreja de Colossos. Alguns doutores da Lei ensinavam doutrinas estranhas e a observância de determinadas festas, tudo isso deveria, na opinião desses “mestres”, completar a fé em Cristo. Queriam comunicar aos cristãos um conhecimento superior de Deus e dos mistérios cristãos e possibilitar uma vida religiosa mais autêntica. Contra essa mistura de crenças e confusão religiosa, Paulo afirma que só Cristo nos basta. Neste texto, Paulo apresenta como ponto de partida e base da vida cristã, a união com Cristo ressuscitado, na qual o cristão é introduzido pelo batismo. Ao ser batizado, o cristão morreu para o pecado e renasceu para uma vida nova; essa vida nova terá a sua manifestação gloriosa quando o discípulo de Jesus ultrapassar, pela morte, as fronteiras da vida terrena. Paulo, a partir do exemplo de Cristo, nos garante que o caminho de despojamento do “homem velho” não é um caminho de derrota e de fracasso; mas sim um caminho de glória, no qual se manifesta a realidade da vida eterna, da vida verdadeira.
O Evangelho de hoje, segundo João, nos coloca diante de duas atitudes por ocasião do Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor: aquela do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem, nunca, ser geradores de vida nova, e a atitude do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta.
Esse é o discípulo que não se escandaliza pelo fato de que, através da cruz, tenha nascido a vida plena, a verdadeira vida. O discípulo predileto de que fala o texto é o discípulo que vive em comunhão com Jesus, que se identifica com Ele e com os seus valores, é alguém que absorveu a lógica da entrega incondicional, do amor total. O discípulo predileto se identifica com Jesus, na escuta atenta e comprometida com os valores e segmento de Jesus. O discípulo predileto renuncia aos esquemas de egoísmo, de injustiça, de prepotência e testemunha com gestos os sinais do amor, da misericórdia e da ternura de Deus. A ressurreição de Jesus é uma garantia de que a vida entregue por amor, não é uma vida perdida nem fracassada, mas é o caminho para a vida plena e verdadeira, para a felicidade sem fim. Pela fé, pela esperança, pelo seguimento de Cristo. Revestidos de Cristo, somos novas criaturas. O Evangelho de hoje sugere que é, precisamente nessa novidade, desconcertante e incompreensível através da lógica humana que, tantas vezes, se revela o mistério de Deus e se encontram ecos de ressurreição e de vida nova.
Uma feliz e santa Páscoa!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Salve Maria Imaculada!
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