Momento ambiental

El Salvador: lançada a Campanha “Sim à vida, não à mineração"

No país latino-americano, a Rede Eclesial Ecológica Mesoamericana mobiliza a população contra atividades que são consideradas uma ameaça à vida, à saúde e ao meio ambiente e exige respeito à integridade das comunidades nas áreas afetadas

Escrito por TV Imaculada

20 JAN 2025 - 09H42 (Atualizada em 20 JAN 2025 - 09H44)



“Sim à vida, não à mineração”. Essa é a campanha lançada pela Rede Eclesial Ecológica Mesoamericana (Remam), que está relacionada com a recente aprovação pela Assembleia Legislativa de El Salvador da Lei Geral de Mineração de Metais, da qual o presidente Nayib Bukele foi um promotor convicto. Por meio da iniciativa da Remam, várias organizações religiosas e sociais, como o “Comitê Dom Romero”, procuram mobilizar a população contra as atividades que consideram uma ameaça à vida, à saúde e ao meio ambiente no país.

Em um comunicado conjunto, as organizações que compõem a Remam, em consonância com posições anteriores tomadas pela Conferência Episcopal Salvadorenha, expressaram sua profunda rejeição, apontando que a aprovação da lei ocorreu sem ouvir as demandas das comunidades e sem considerar o grave impacto ambiental que a nação centro-americana está enfrentando. A campanha tem como objetivo tornar visível a preocupação das comunidades com os impactos negativos da mineração sobre os recursos naturais essenciais à vida, como a água, os rios, as florestas e a terra. “Estamos preocupados com a saúde das pessoas, o bem-estar das comunidades e a proteção do meio ambiente”, diz a Remam, enfatizando que a mineração representa uma ameaça direta à biodiversidade e aos ecossistemas do país.

Na declaração, a organização também expressa sua solidariedade com as comunidades nas áreas potencialmente afetadas pela mineração e exige respeito ao seu direito de decidir sobre a proteção de seu meio ambiente e seu modo de vida. Exigimos respeito à integridade das comunidades e sua livre decisão de proteger a vida”, declararam as várias realidades da Remam.

Lei impopular e prejudicial

Em um apelo à ação, o presidente Bukele é solicitado a reconsiderar o apoio à lei, usando seus poderes constitucionais para pedir à Assembleia Legislativa que a revogue. Os membros da Remam também pedem aos próprios legisladores que recuam em relação a uma lei que consideram “impopular e prejudicial” ao país, especialmente às comunidades mais pobres. Por fim, eles conclamam o povo salvadorenho a fortalecer sua organização e mobilização para defender a vida e os recursos naturais. “É hora de nos unirmos e levantarmos nossas vozes em favor de um El Salvador livre de minas”, concluem.

Meio ambiente e biodiversidade

As vozes de muitas organizações civis já haviam sido levantadas nos últimos dias. Em 5 de janeiro, por exemplo, o “Comitê Dom Romero”, com relação à lei, expressou grande preocupação não apenas com as consequências negativas sobre o meio ambiente e a biodiversidade, mas também com o “deslocamento forçado de comunidades próximas das jazidas de ouro”, bem como com atos de repressão e doenças crônicas resultantes das operações de mineração.

(L’Osservatore Romano)

Fonte: L’Osservatore Romano

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